Gâmbia anuncia proibição da mutilação genital feminina
A República da Gâmbia, na África, decretou nesta terça-feira (24) que vai proibir a mutilação genital feminina, com efeito imediato. O anúncio foi realizado pelo presidente do país africano, Yahya Jammeh.
O presidente disse que essa prática de violência no país não foi ditada pelo Islã e deve ser abolida imediatamente. De acordo com o jornal ‘The Guardian‘, não há uma data determinada para quando o governo vai elaborar uma legislação que torne a proibição efetiva. Os ativistas afirmam que a lei é essencial para salvar a vida de muitas mulheres e crianças.
A medida foi confirmada pelo ministro das Comunicações da Gâmbia, Sherrif Bojang. O país é uma ex-colônia britânica e uma das nações mais pobres do mundo.
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A proibição da mutilação genital em mulheres foi anunciada durante uma visita do presidente ao seu vilarejo natal. Esta prática é muito comum no país de 1,8 milhões de habitantes. Estima-se que cerca de 75% das mulheres foram mutiladas.
De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 125 milhões de mulheres no mundo foram submetidas à mutilação. O procedimento inclui cortes nos lábios vaginais e no clítoris e geralmente ocorre quando as meninas são muito novas: 56% das crianças com até 14 anos foram mutiladas na Gâmbia.
Neste ano, a prática foi proibida na Nigéria, que se uniu a outras 18 nações africanas que também baniram o procedimento.