GCM agride professores municipais em protesto na Câmara de SP
Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas e uma mulher foi espancada pela polícia
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) agrediu professores municipais durante o protesto realizado em frente à Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira, dia 14. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas e uma mulher foi espancada pela polícia, de acordo com relato da vereadora Sâmia Bomfim (PSOL).
O confronto começou quando os manifestantes contrários à reforma da Previdência de servidores municipais tentavam entrar no prédio para acompanhar a audiência que discute o projeto de lei sobre o assunto. O tema faz parte da pauta da Comissão de Constituição e Justiça, que ocorre nesta quarta.
Nas redes sociais, Sâmia publicou fotos da manifestação e relatou o caso de violência contra a professora. “Na semana em que Doria anuncia sua candidatura ao governo, ele espanca professores e servidores em luta contra o fim da aposentadoria”, escreveu.
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Em nota, a assessoria de imprensa da Câmara informou que “a Presidência da Casa atuou desde o princípio para garantir o amplo debate democrático do PL 621/16” e “assegurou o acesso de manifestantes ao plenário onde ocorria a reunião da CCJ e ao auditório externo até a lotação máxima dos dois espaços”. “Eventuais excessos das forças de segurança que atuam dentro do Legislativo serão apurados”, diz o texto.
Greve
O texto da reforma prevê o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, além da instituição de contribuição suplementar vinculada ao salário do servidor. Por isso, o desconto poderá chegar a 18,2%, segundo a prefeitura. A gestão defende que, sem a alteração, a sustentabilidade da previdência municipal não é viável.
Os professores municipais entraram em greve contra a proposta na última quinta-feira, dia 8. A paralisação atinge 93% das 1.550 escolas da administração direta, ou seja, administradas pela própria Prefeitura com o auxílio de funcionários públicos.
De acordo com balanço da Secretaria Municipal de Educação, 46% das unidades de ensino aderiram à paralisação totalmente, 47% funcionam parcialmente e apenas 7% funcionam normalmente.
Além dos professores municipais, servidores de outros setores também estão em greve, como da saúde, da zoonose, do serviço funerário, engenheiros, arquitetos, assistentes sociais, bibliotecários e guardas, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep).
Veja os posts da vereadora Sâmia Bomfim:
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