Governo de São Paulo adia reorganização das escolas estaduais

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu adiar o plano de reorganização da rede de ensino estadual. A decisão foi anunciada em coletiva de imprensa no início da tarde desta sexta-feira (4).

“Recebi e respeito a mensagem dos estudantes e dos familiares, com suas dúvidas e preocupações. Nossa decisão é de adiar a reorganização. Os alunos continuarão nas escolas em que estão matriculados. O governo vai dialogar com as escolas, os pais dos alunos e, a partir disso, pensar em mudanças”, disse Alckmin à imprensa.

Desde que foram anunciadas, as mudanças causaram manifestações de alunos, que ocuparam cerca de 200 escolas em todo o estado e bloquearam vias importantes da cidade esta semana. Nesta sexta, os estudantes voltaram às ruas em protestos contra a reestruturação que previa o fechamento de escolas e afetaria mais de 300 mil alunos.

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Alckmin já havia trocado o comando das negociações com os estudantes e convocado uma audiência pública, prevista para a próxima semana, para tentar acabar com as ocupações de colégios no estado.

O plano de reorganização determina que 754 escolas passem a ter apenas um ciclo de ensino no ano que vem. De acordo com o governo, o objetivo é melhorar a qualidade do ensino e evitar, por exemplo, que uma criança de seis anos frequente a mesma unidade de um adolescente de 17 anos.

Após o anúncio de Alckmin, a página do movimento “Não fechem minha escola” publicou uma orientação para os estudantes manterem todas as ocupações e os atos até a confirmação da decisão. Representantes das escolas ocupadas marcaram uma reunião para hoje, às 14h, na E.E. Alves Cruz, na Rua João Moura (Pinheiros).