Governo pede para homossexuais evitarem gestos de afeto na Rússia

As recomendações são válidas para os torcedores que irão ao país acompanhar a Copa do Mundo

07/06/2018 22:54 / Atualizado em 05/05/2020 10:47

Ativistas protestam em São Petersburgo após lei contra a exibição de símbolos LGBT entrar em vigor em toda a Rússia, no ano de 2013
Ativistas protestam em São Petersburgo após lei contra a exibição de símbolos LGBT entrar em vigor em toda a Rússia, no ano de 2013

Na iminência da abertura da Copa do Mundo que será sediada na Rússia, o Itamaraty e o Ministério do Esporte pediram, em uma cartilha divulgada nesta quinta-feira, 7, que membros da comunidade LGBT que forem assistir aos jogos, evitem demonstrar afeto de forma pública.

A recomendação está no Guia Consular do Torcedor Brasileiro e traz uma série de alertas para todos que viajarem à Rússia.

O documento, entretanto, contém um aviso “especial” para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros não andarem de mãos dadas e não se beijarem em público.

“Não são comuns na Rússia manifestações intensas de afeto em público. Em particular, recomenda-se à comunidade LGBT evitar demonstrações homoafetivas em ambientes públicos, que podem ser consideradas ‘propagandas de relações sexuais não tradicionais feita a menores’ e enquadradas em lei [junho de 2016] que prevê deportação”, diz o documento.

A lei mencionada pelos órgãos do Governo Federal é uma sancionada em 2013 que proíbe manifestações públicas de afeto entre pessoas do mesmo sexo.

Embora a homossexualidade não seja considerada crime na Rússia, a postura da população referente aos membros dessa comunidade, é bastante hostil.

Recentemente, as autoridades russas e o Comitê Organizador Local (COI) do evento garantiram que as bandeiras de arco-íris [símbolo do movimento LGBT] serão permitidas em estádios e nas Fan Fest.

Por fim, a cartilha reitera que ingerir bebidas alcoólicas nas ruas e em espaços públicos abertos é infração administrativa punível com multa e que comportamento interpretado como assédio sexual enseja multa e prisão de até um ano.

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