Greve dos caminhoneiros causa escassez de alimentos no RJ e em SP

Quatro dias após a deflagração da greve dos caminhoneiros, o Brasil sente nas ruas, nos mercados, nos postos e até mesmo dentro de casa as consequências da paralisação. Em todo o país, a falta de abastecimento de itens básicos, como batata, é sentida nos supermercados de grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Na capital fluminense, as prateleiras de alguns hortifrutigranjeiros encontram-se vazias em função do atraso da entrega de mercadorias que chegam de outras regiões do país. O iminente desabastecimento faz com que os preços subam em média até 50%.

Na Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), a saca com 50 quilos de batatas, antes vendida por R$ 70, é vendida entre R$ 350 e R$ 400. Nesta quinta-feira, 24, apenas 50 dos 500 caminhões conseguiram chegar ao mercadão. Segundo a administração, há a possibilidade de não haver mais produtos para venda na sexta-feira, 25.

Em supermercados dos bairros de Botafogo e Recreio, as prateleiras de frutas e legumes estão sem produtos. A rede colocou um aviso aos clientes atribuindo a falta de itens de hortifruti à greve dos caminhoneiros.

Frutas e verduras não chegam a São Paulo

Enquanto os caminhões que transportam alimentos para a capital paulista estão parados às margens da Via Dutra, mercados e outros estabelecimentos sofrem com a reposição de produtos como frutas e verduras.

Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), mManga, mamão, melão, melancia e batata já chegam em menor quantidade desde a última quarta-feira, 23.

No Ceagesp, verduras, legumes e frutas começam a sofrer os impactos da paralisação

Provenientes de outros estados, Manga e mamão, da Bahia e Espírito Santo, o melão, do Rio Grande do Norte, a melancia, de Goiás, e a batata do Paraná, são os primeiros produtos a sofrer com os efeitos da greve.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou que as interrupções nas estradas causaram desabastecimento nos supermercados, sobretudo frutas, verduras e legumes, que são perecíveis e o abastecimento é diário. Carnes e produtos industrializados, que recebem proteínas no processo de fabricação, também estão com as entregas ameaçadas por conta do atraso no abastecimento, informa a entidade. /Com informações da Revista Veja, Estadão e Gazeta do Povo 

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