Greve dos caminhoneiros: Metrô terá horário estendido em SP

A cidade de São Paulo prevê uma terça-feira, 29, caótica, por causa da crise de desabastecimento, que afeta transportes, escolas e hospitais da cidade.

28/05/2018 20:34 / Atualizado em 05/05/2020 10:42

Boa parte da frota de ônibus vai rodar em São Paulo
Boa parte da frota de ônibus vai rodar em São Paulo

A greve dos caminhoneiros completou oito dias consecutivos de paralisação das principais rodovias do país e, apesar do presidente Michel Temer anunciar nesta segunda-feira, 28, uma redução no preço do diesel, ainda há relatos de bloqueios em vários pontos.

A cidade de São Paulo prevê uma terça-feira, 29, caótica, por causa da crise de desabastecimento, que afeta transportes, escolas e hospitais da cidade.

TRANSPORTES

A prefeitura informou que ainda há combustível suficiente para colocar cerca de 70% da frota de ônibus municipais em circulação nos horários de pico e cerca de 60% no restante do dia. Na parte noturna, as linhas operarão com até 50% de sua capacidade.

Para minimizar a falta de ônibus nas ruas, o governo do estado anunciou que a CPTM e todas as linhas do metrô terão horários estendidos e funcionarão das 4h à 1h nesta terça e na quarta-feira, 30.

Não há garantia quanto a situação dos ônibus para a quarta-feira, 30.

Aqueles que optam por serviços particulares, como carros por aplicativo, por exemplo, a tendência é que as corridas tenham maior tempo de espera e um preço um pouco acima do normal.

POSTOS

De acordo com informações do Sincopetro, sindicato dos postos, embora alguns pontos da capital ainda tenham combustível, a estimativa é de que 99% dos estabelecimentos estejam secos. O resultado não deve mudar nesta terça-feira, 29.

A prefeitura tem feito operações para garantir combustível, em escolta, para a continuidade de serviços essenciais.

ALIMENTAÇÃO

A previsão é que a partir desta semana comece a faltar carnes, frios, leites e derivados nos supermercados da cidade, além de frutas, verduras e legumes.

Por causa da escassez dos produtos, as redes de supermercados aumentaram o valor, com alguns produtos chegando a custar o dobro, como a batata e a cebola, por exemplo.

Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS) serão necessários entre 10 e 20 dias para reabastecer os mercados, após o fim da greve. No Ceagesp, a situação também continua complicada. As feiras livres da cidade também foram reduzidas pela falta de produtos.

ESCOLAS

As aulas na capital paulista estão mantidas, mas, segundo a prefeitura, há uma falta de professores e alunos, que não conseguem chegar nas unidades de ensino pela falta de ônibus nas ruas, inclusive a escassez de transporte escolar que não conseguem rodar pela falta de combustível.

SAÚDE

As cirurgias eletivas na rede municipal de São Paulo, cerca de 100 por dia, metade dos procedimentos feitos na cidade, estão suspensas para dar prioridade aos procedimentos de urgência em cinco hospitais da cidade – a ideia é garantir que não haja falta de medicamentos e produtos.

Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) não haverá exames de rotina nesta terça. O Samu funcionará regularmente.

De acordo com o sindicato e a federação dos hospitais (Sindhosp e Fehoesp), as reduções de atendimento médico-hospitalar estão mantidas enquanto não houver normalização da entrega de materiais, medicamentos e alimentos.

A recomendação das associações é que a população só recorra aos hospitais em caso de urgência.

LIXO E VARRIÇÃO

A coleta de lixo domiciliar e a varrição opera normalmente até a noite de terça. A coleta hospitalar, a limpeza pós-feiras livres e o recolhimento de animais mortos continua a ocorrer, mas a coleta seletiva está suspensa.

Com informações da Folha de S.Paulo

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