Jornalistas esportivas se unem em campanha contra o assédio

A iniciativa #DeixaElaTrabalhar tem a participação de diversas profissionais da área, como Bruna Dealtry, Fernanda Gentil e Cris Dias

26/03/2018 17:22 / Atualizado em 05/05/2020 10:06

Bruna Dealtry, Fernanda Gentil e Cris Dias
Bruna Dealtry, Fernanda Gentil e Cris Dias

Durante cobertura do jogo entre Vasco e Universidade do Chile, pela Libertadores da América, no dia 14 de março, a repórter Bruna Dealtry, do canal Esporte Interativo, foi assediada com um beijo na boca de um torcedor. Incomodada com o ataque, a jovem comentou na transmissão: “Isso aqui não foi legal, né? Isso não precisava, mas aconteceu e vamos seguir o baile por aqui’.

O caso citado acima representa um exemplo do machismo que as mulheres vivem diariamente no jornalismo brasileiro. Foi pensando nisso que diversas profissionais da área esportiva se uniram para lançar a campanha #DeixaElaTrabalhar, em luta contra o assédio moral e sexual nas redações.

Neste domingo, dia 25, as jornalistas publicaram um vídeo nas redes sociais com o manifesto da ação, que inclui apresentadoras, repórteres, produtoras e assessoras de diversos veículos e emissoras, como a própria Bruna Dealtry, Fernanda Gentil, Cris Dias, Gabriela Moreira, Monique Danello, entre outras.

O grupo, composto por cerca de 50 mulheres, também publicou relatos sobre os casos sofridos. Entre as agressões, há desde comentários violentos até ameaças de estupro de torcedores nos estádios e nas redes sociais.

Assista ao vídeo:

Jornalistas contra o assédio

Em junho de 2016, a campanha #JornalistasContraOAssédio foi criada por profissionais da área para denunciar os abusos e assédios sofridos. A iniciativa surgiu após uma repórter do portal iG ter sido assediada em meio a uma entrevista com o cantor Biel. Relembre aqui.

  • Veja como agir caso você seja vítima de assédio sexual ou estupro.
  • Leia também: