Jovem é morto pela polícia militar em ação na Favela do Moinho

Polícia diz que procurava traficantes; Leandro de Souza Santos, de 19 anos, foi baleado depois de correr quando a PM invadiu sua casa

Na manhã desta terça-feira, 27, uma operação da Polícia Militar para enfraquecer com o tráfico de drogas que sai da Favela do Moinho e vai para a cracolândia, no centro da capital paulista, deixou um morto, um detido e afetou a circulação de trens da linha 8-Diamante da CPTM.

Manifestação aconteceu depois da morte de Leandro de Souza Santos, 19.

A polícia procurava traficantes no local e Leandro de Souza Santos, 19, correu quando a polícia invadiu sua casa e por isso foi baleado. A PM deu uma versão diferente dos fatos, dizendo que houve troca de tiros.

Santos era usuário de drogas e fugiu para a casa da vizinha durante a perseguição policial.”Tem marcas de tiros no armário da cozinha e na geladeira”, disse Josieli Oliveira Santana, 22, irmã da vizinha de Santos, local em que foram feitos os disparos.

A irmã da vítima disse à “Folha de S.Paulo” que Santos estava atrás de cocaína e tinha passado a noite em busca da droga. Ele foi encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia, também no centro, mas não resistiu.

Depois do ocorrido, os moradores fizeram uma manifestação na avenida Rio Branco, depois foram para um terreno onde passam os trens da CPTM e acabaram entrando em confronto com policiais. Por volta das 11h30, a companhia interrompeu a circulação dos trens entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda. A situação já está normalizada.

Um rapaz que saiu de dentro da favela e passou pelo local onde havia policiamento foi contido pelos policiais, algemado e detido. Não há informações sobre onde o rapaz foi levado nem o motivo da detenção.

O tenente-coronel Miguel Daffara, ouvido pela reportagem do jornal, disse que a operação está relacionada a uma tentativa do governo estadual de reprimir o tráfico de drogas na cracolândia e que a Favela do Moinho é uma das fontes de abastecimento de drogas.

Leia a reportagem na íntegra.

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