Jovem negro é assassinado por PM e causa revolta no Grajaú
Morte de jovem universitário motivou protesto na tarde da última terça-feira, 4, em frente à escola onde aconteceu o assassinato
Morreu na manhã da última segunda-feira, 3, o estudante universitário Matheus Freitas, 24 anos, baleado por um policial militar na noite do último sábado, na quadra da Escola Estadual Tancredo Neves, no Jardim Novo Horizonte, periferia da zona sul de São Paulo. As informações são da Ponte Jornalismo.
Às 22h do sábado, Matheus e mais dois amigos estavam na quadra da escola, interditada após incêndio ocorrido no local, quando, segundo relato das testemunhas, o policial abordou-os afirmando que eles não poderiam estar ali. Em seguida, efetuou disparos com uma pistola calibre 40 contra os jovens, que correram para fora da escola. Atingiu Matheus que, ferido, caiu alguns metros dali, do lado de fora da instituição. Acompanhado dos policiais, o socorro demorou aproximadamente três para chegar ao local.
“Estava em uma festa, ouvi uns disparos e depois de uns minutos vieram me chamar. Esperei uns 40 minutos e fui até a escola. Chegando lá o Matheus tava com o peito sangrando. Conversei com os PMs, eu pensei que ele tivesse rasgado no portão, e os policiais em nenhum momento disseram que tinha sido tiro”, contou à reportagem um dos amigos de Matheus.
Quem era Matheus Freitas ?
Mais uma vítima do genocídio da juventude negra, que no Brasil faz uma vítima a cada 23 minutos, Matheus estudava Economia na Universidade Nove de Julho.
Ele passou em processo seletivo e começaria a trabalhar, em janeiro, no departamento financeiro de um banco da cidade.
“Um menino trabalhador, tranquilo, foi vítima de uma bala que saiu da arma de um marginal, usando farda da Polícia Militar. Despreparado para para defender a sociedade como tantos outros por aí, preparados para matar”, desabafou Fernando Alexandre, tio de Matheus, em rede social. Confira a matéria completa no site da Ponte.