Mãe de cadeirante faz petição e consegue reforma de praça no Rio
Por Change.org
Toda criança tem o direito de brincar, e o espaço público deve garantir este direito. Por isso é essencial que praças, ruas e parques sejam adaptados para receber jovens com deficiência. Esta é a opinião da advogada Consuelo Machado, mãe do pequeno Arthur, que obteve uma vitória em um abaixo-assinado na Change.org para exigir que a praça Iaiá Garcia, no Rio de Janeiro, seja adaptada para ficar acessível para pessoas com deficiência.
Clique para ler o abaixo-assinado: www.change.org/QueroPracaAcessivel
Criada no ano passado, a petição obteve o apoio de mais de 40 mil pessoas, chamando a atenção da Prefeitura do Rio de Janeiro.
- Programa tem mais de 6 mil vagas em cursos gratuitos no Rio
- Patinação no gelo faz sucesso no inverno em Nova York
- Férias em SP: roteiro cultural para fazer usando apenas o metrô
- Turismo em Fortaleza: o que fazer no caribe brasileiro
“Desde pequeno, diziam que meu filho não iria sobreviver, mas nunca acreditamos e resolvemos investir no potencial dele. Se antes as pessoas com deficiência eram segregadas, agora o mundo mudou“, diz Consuelo, que é ativista dos direitos das pessoas com deficiência. Ela conta que Arthur precisa de cuidados médicos 24 horas por dia, mas que isso não o impede de sair, brincar e ser feliz.
Na semana passada, esta mãe conseguiu agendar um encontro na Ilha do Governador com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. A prefeitura assinou o contrato para a reforma da praça, que ficará sob a responsabilidade de uma empresa privada. Segundo Consuelo, a inauguração da obra está prometida para o primeiro semestre de 2018.
Realidade diferente
Consuelo reconhece que a realidade de boa parte das crianças com deficiência é diferente da de seu filho, que tem ao seu dispor um quintal para poder brincar. Por isso ao levar um dia Arthur à praça perto de sua casa, ela ficou horrorizada ao perceber que sua cadeira de rodas não passava na área de brinquedos. “Aquilo me feriu muito, porque além de não ter nenhum brinquedo adaptado para ele, o seu acesso era vetado”, desabafa.
O abaixo-assinado inspirou Consuelo a realizar piqueniques no local para que a mobilização ganhasse ainda mais destaque. “Queria que a petição viralizasse para chamar a atenção da administração atual da prefeitura”, conta.
Hoje, Consuelo se diz muito feliz e satisfeita com o crescimento do movimento. Agora, ela deseja levar esse projeto de inclusão para mais praças do Rio de Janeiro. “Estamos com um projeto para que mais empresas possam ‘adotar’ praças e promover a inclusão em outras partes da cidade”, diz.