Malala pede que Donald Trump ‘não vire as costas’ aos imigrantes

A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, de 19 anos, declarou na sexta-feira, dia 27, estar com o “coração partido” pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impedir a entrada de refugiados e imigrantes no país.

Malala, a vencedora mais jovem da história do prêmio Nobel da Paz, foi baleada em 2012 por membros do Talibã por seu ativismo em defesa à educação de meninas em seu país. Ela atualmente vive em Birmingham, na Inglaterra.

“Estou com o coração partido porque hoje o presidente Trump está fechando as portas para crianças, mães e pais que fogem da violência e da guerra”, afirmou a jovem em nota. “Neste tempo de incertezas e conflitos ao redor do mundo, peço ao presidente Trump que não vire as costas às famílias e às crianças mais indefesas do planeta”.

Malala viaja o mundo empoderando mulheres e promovendo iniciativas relacionadas à educação

O presidente norte-americano assinou um decreto que prevê a criação de um sistema de “escrutínio extremo” para a entrada de pessoas no país, especialmente para aqueles de origem muçulmana.

“Estamos criando novas práticas de escrutínio para manter terroristas islâmicos radicais longe da América. Não os queremos aqui”, afirmou Trump, em cerimônia do Pentágono após a posse de James Mattis como secretário da Defesa. “Queremos garantir que não estamos admitindo ao nosso país as mesmas ameaças que nossos homens e mulheres estão lutando no exterior.”

O decreto “Proteger a Nação da entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos” prevê a suspensão total, durante quatro meses, do programa de admissão de refugiados, assim como o congelamento, por três meses, da entrada no país de pessoas provenientes de sete países muçulmanos: Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. O decreto também proíbe indefinidamente a entrada de refugiados sírios.

Confira a nota de Malala na íntegra (em inglês):