Marca de móveis compara mulher a objeto e recebe críticas na web
A marca de móveis de aço inox Alezzia causou bastante revolta nas redes sociais nesta quinta-feira, 15. Pelo Facebook, a marca divulgou alguns de seus comerciais, que mostram mulheres vestidas de maiô ou biquíni anunciando os produtos.
Em um dos anúncios, divulgado no site, uma mulher aparece completamente nua, sentada em uma das cadeiras da empresa, cobrindo os seios e com as pernas cruzadas. Embaixo, lê-se a legenda: “Beleza interior são os nossos móveis na sua casa”.
Na conta oficial da Alezzia no Facebook, a marca divulgou um vídeo institucional em que uma mulher aparece de maiô, com a parte de baixo do corpo em evidência, enquanto arremessa uma das cadeiras da empresa ao mar – a fim de provar que o móvel é resistente.
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Em outra publicação na rede social, uma mulher aparece de maiô e segura em mãos um cabideiro, também conhecido como pau de mancebo.
Em resposta à publicação, um seguidor imaginou como seria o briefing da empresa, em tom crítico e sarcástico. “Gente tive uma ideia animal pra essa campanha. Que tal colocar uma mulher bonita de maiô segurando um cabideiro no meio do mato em um morro?!”, e ainda emendou: “Não é só machista, é tosco.”
Após essas publicações, seguidores da página começaram a criticar a postura da empresa. Os famosos “vomitaços” tomaram conta de boa parte das publicações no Facebook, enquanto que as reações preferidas das pessoas aos posts foram os raivosos “grrr”. Quem critica alega que os comerciais são de tom machista.
Há quem não tenha visto “qual o problema” nas publicações. “O que vocês viram de errado na porcaria da propaganda?”, perguntou uma seguidora.
Outra disse que tudo não passa de mimimi. “Se eu tiver uma empresa e quiser colocar alguém vestido de gorila numa padaria segurando meu produto eu coloco, o dinheiro é meu, a empresa é minha, o produto é meu, e ninguém tem nada a ver com isso”.
Logo após as críticas e comentários, uma internauta publicou uma aposta, a fim de todos avaliarem a página da Alezzia no Facebook para que ficasse com a nota mínima, de 1.1.
Em resposta, a marca publicou uma “contraproposta”, envolvendo a AACD (Associação de Apoio a Criança com Deficiência) para sensibilizar o público a dar uma nota maior na avaliação da página.
Isso também não pegou nada bem. Nos comentários, o público pediu para a empresa se retratar. “Meu deus, para que tá feio”, comentou um seguidor.
O Catraca Livre entrou em contato com a Alezzia, mas até o fechamento da matéria, a empresa não se manifestou (iremos atualizar a publicação caso haja alguma resposta da empresa).
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