Fake News: desembargadora dissemina falsidade sobre Marielle
Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Marília Castro Neves, mostrou o poder das Fake News – ela própria disseminou uma mentira contra a vereadora Marielle Franco. Ela afirmou em uma rede social que Marielle Franco “estava engajada com bandidos” e “não era apenas uma lutadora”.
Segundo a desembargadora, no cargo desde 11 de dezembro de 2006, “a tal Marielle descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, que, segundo Marília, seriam do Comando Vermelho.
Marielle, na avaliação da desembargadora, foi assassinada “por seu comportamento, ditado por seu engajamento político”.
— Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro — escreveu.
A “fonte” de informação da desembargadora, que, até o assassinato, nunca tinha ouvido falar na vereadora: “Eu postei as informações que li no texto de uma amiga”.
O MBL ajudou a fazer o rastilho do pólvora do Fake News. Publicou na página do Facebook uma matéria titulada: “Desembargadora quebra narrativa do PSOL e diz que Marielle se envolvia com bandidos e é ‘cadáver comum’ “. O post do MBL conseguiu, até o final da tarde de sábado, 38 mil curtidas e 28 mil compartilhamentos.
No Twitter, o deputado Alberto Fraga, presidente do DEM no Distrito Federal e presidente da Frente Parlamentar de Segurança Pública, escreveu:
“Conheçam o novo mito da esquerda, Marielle Franco. Engravidou aos 16 anos, ex-exposa do Marcinho VP, usuária de maconha, defensora de facção rival e eleita pelo Comando Vermelho, exonerou recentemente 6 funcionários, mas quem a matou foi a PM”.
A fonte da turma é um áudio de WhatsApp, transferido depois para o YouTube e outras plataformas, de uma suposta “conversa vazada” entre traficantes do CV. Algo comprovadamente falso.
Veja aqui mais detalhes que mostram como as acusações são faltas, segundo nosso parceiro Boatos.Org
Recomendamos a leitura do projeto Aos Fatos, cuja missão é combater a desinformação
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