Menina de 11 anos comete suicídio por estar infeliz com o corpo
Milly Tuomey tinha comportamento investigado por psiquiatra
Milly Tuomey chocou a imprensa internacional após ter a causa de sua morte revelada, no último fim de semana.
A menina, de apenas 11 anos de idade, cometeu suicídio em 1ª de janeiro de 2016 por estar infeliz com seu próprio corpo.
De acordo com o jornal “Daily Mail”, a garota foi encontrada em estado crítico em seu quarto, após tentar suicídio. A menina chegou a ser socorrida pelos pais, mas morreu no hospital.
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Os indícios que levaram a polícia a desvendar o mistério de sua morte surgiram depois que as autoridades reviraram as redes sociais da menina.
Em seu perfil, Milly escreveu dois meses antes de se matar que queria morrer em um dia específico, e encontraram mais algumas intenções suicidas.
“Ela se cortou e escreveu com o sangue: ‘Garotas bonitas não comem’”, contou uma das investigadoras à publicação.
No dia de sua morte, após o jantar, a menina decidiu ir para o quarto, e horas depois, foi encontrar quase morta.
“Anos atrás isso seria inimaginável. Agora, o suicídio está aumentando em crianças”, afirmou a policial.
Saiba os detalhes do caso no LINK.
- Se estiver precisando de ajuda ou souber de alguém que esteja, o CVV(Centro de Valorização da Vida) presta atendimento por meio dotelefone 141. Também é possível entrar em contato via internet, e-mail, chat e Skype 24 horas por dia.
A psicóloga Camila Reis lista uma série de comportamentos suicidas e como ajudar essas pessoas. Segue abaixo uma lista de como identificar um comportamento suicida e lidar com o tema:
1. Observe os padrões comportamentais da pessoa
Entre as pessoas que se matam, há uma forte presença de um sofrimento profundo. Além disso, é comum vê-las remoendo pensamentos de forma obsessiva, sem conseguirem parar de fazê-lo. A vida para elas não tem sentido, se sentem sem esperança e incapazes de mudar a sua condição, por isso não encontram outro modo para se livrar desse sofrimento.
É comum ver pessoas depressivas e suicidas sem energia para realizar tarefas básicas. Se você notar que uma pessoa está com falta de energia e fica o dia inteiro na cama, com dificuldades para tomar decisões que antes resolvia normalmente e perda de interesse em atividades que antes lhe eram prazerosas, essa pessoa está precisando de ajuda. Tente ouvi-la, conversar em um tom acolhedor e suave e procure uma ajuda profissional. A acompanhe e mostre o quanto você está ao lado dela. Leia o artigo “10 frases que só atrapalham pessoas com doenças psicológicas”.
2. Reconheça as drásticas mudanças de humor
Todos têm mudanças de humor durante o dia e isso é natural. Em alguns momentos, você pode se sentir ótimo e vem uma notícia ruim ou um feedback negativo e a partir daí você muda de humor: fica triste ou, ainda, se achar que foi injusto, fica com raiva.
Entretanto, algumas pessoas sofrem alterações de humor extremas. Elas podem se sentir com um enorme vazio e tristeza. Pode ocorrer também um forte sentimento de raiva ou vingança, irritabilidade exagerada, intenso sentimento de culpa ou vergonha, como também sentem-se sozinhas, mesmo estando com outras pessoas. Pessoas que têm transtorno Bipolar ou borderline apresentam sentimentos extremos e podem agir de forma impulsiva. Fique atento a essas mudanças repentinas e exageradas. Se acredita que alguém corre risco imediato, ligue para a emergência (disque 190).
3. Dê ouvidos aos alarmes e avisos verbais
A dor é tão profunda e o sofrimento tão sufocador que parece que não há outra saída. Em um ato de desespero e pedido de ajuda, a pessoa que está pensando em tirar a sua própria vida grita por socorro. Ela geralmente fala: “não aguento mais”, “quero sumir”, “quero morrer”, “minha vida não vale a pena”, “não aguento essa dor”, “você vai sentir a minha falta quando eu for”, “vocês vão ficar melhores sem mim”, “era melhor não ter nascido” e outras falas que têm o sentido parecido.
Muitas pessoas não dão ouvidos a esses comentários e acham que são formas de chamar atenção. Já ouvi muito comentários como: “Quem quer se matar, se mata, não fica avisando”. Este é um dos maiores absurdos: para cada morte há entre 10 e 20 tentativas. Quem tenta se matar uma vez, pode tentar se matar de novo.
Preste atenção quando ouvir alguém falar assim. Ela pode estar querendo te dizer algo e estar com um sofrimento profundo, se sentindo limitada. Procure uma ajuda especializada.
4. Note mudanças inesperadas
Continue lendo aqui: 8 formas de identificar um comportamento suicida
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