A estudante de direito Charlyane Silva de Souza, de 29 anos, afirma ter sofrido constrangimento enquanto prestava o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) neste domingo (15). Ela estava com o hijab, véu usado por mulheres muçulmanas para cobrir os cabelos, e foi interrompida duas vezes por fiscais enquanto fazia a prova.

Charlyane disse que eles pediram que ela retirasse o véu, já que as normas do exame não permitem o uso de “acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc”. A jovem alegou que não se tratava de um acessório, mas sim uma vestimenta religiosa e por isso não poderia retirá-lo.

A solução encontrada foi levar Charlyane para uma sala reservada para que ela pudesse terminar a prova sem o véu. A OAB afirmou que “a fiscalização não pode em hipótese alguma sobrepor a liberdade religiosa dos candidatos” e que estuda medidas para que o problema não se repita em futuras edições do exame.

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