Mulher é agredida após ‘dar fora’ em folião durante o Carnaval
No meio da folia, nem tudo é alegria. Na noite de sexta-feira, 5 de fevereiro, Ludmylla de Souza Valverde foi agredida com um copo por “dar um fora” em homem que assediou a ela e sua irmã durante o circuito Dodô (Barra-Ondina), no Carnaval de Salvador.
Ludmylla, 27 anos, nutricionista, estava com a irmã, Thaianna de Souza Valverde, na pipoca – local onde ficam os foliões sem abadás – de Daniela Mercury. As irmãs, de Irará, cidade localizada cerca de 130 km de Salvador, afirmaram que resolveram esperar o trio de Luiz Caldas, pois o de Daniela estava muito cheio. Neste meio tempo, passou o bloco “Eu Vou”, comandado pela banda Aviões do Forró.
De acordo Lydmylla, dois homens que estavam neste bloco passaram debaixo da corda e foram em direção a elas. “A minha irmã estava passando batom e um deles tomou o batom dela e depois passou a mão na cintura dela e na boca”, disse. Numa tentativa de defendê-la, pediu que os foliões se afastassem, mas foi empurrada. Ao empurrá-lo de volta, Ludmylla foi acertada no rosto por um copo de acrílico, jogado por um dos rapazes, e que abriu um corte em sua testa.
- Carnaval 2024: Natura vai dar um up na sua maquiagem pra você brilhar nos blocos de SP
- Diversidade é marca registrada do Carnaval brasileiro
- Mulher é agredida com facão e perde olho por intolerância religiosa
- Mulher é agredida e forçada a tatuar no corpo iniciais de empresário
A nutricionista foi socorrida e atendida no posto médico montado no circuito. Levou oito pontos no corte e os dois olhos ficaram inchados e roxos. Já sua irmã, Thaiane, não ficou ferida. Ludmylla prestou queixa no mesmo dia na 14ª Delegacia Territorial e fez exame de corpo de delito no sábado, 6. Até o momento, a Polícia Civil não tem informações sobre o autor da agressão, que poderá responder por assédio e lesão corporal.
Todos por um #CarnavalSemAssédio
O Catraca Livre lançou a campanha #CarnavalSemAssédio, que tem como objetivo lutar contra a violência e o machismo. A ação é idealizada em parceria com a revista AzMina, os movimentos #AgoraÉQueSãoElas e Vamos Juntas?, o Bloco Mulheres Rodadas, a advogada de direitos humanos Andrea Florence e a arquiteta e urbanista Marília Ferrari.
Você já viveu algum caso de abuso sexual durante a folia? Compartilhe a sua história nas redes sociais com a hashtag #CarnavalSemAssédio e ajude a quebrar o silêncio.