Mulher morre após ser estuprada e esfaqueada na Índia
Nas redes sociais, mulheres estão usando a hashtag #JusticeforJisha para exigir respostas sobre o caso
Mais um estupro brutal causou indignação na Índia. Uma mulher, identificada pelo noticiário local apenas como Jisha, de 30 anos, foi encontrada pela mãe em uma poça de sangue ao lado de sua casa no dia 28 de abril. Ela morreu após ser estuprada e esfaqueada, a ponto de seu intestino ficar exposto.
A indiana vivia em um bairro pobre com a mãe, que foi internada depois do choque de ver o corpo da filha violentado. Ainda na infância, Jisha foi abandonada pelo pai e teve que batalhar muito para entrar na faculdade de Direito. Faltava pouco para ela completar o curso e ter seu diploma de advogada.
O crime ocorreu em Ernakulam, no estado de Kerala, a cerca de 500 quilômetros de Bangalore. Em resposta à atuação da polícia no caso, milhares de pessoas foram às ruas protestar. De acordo com o jornal “Times of India”, a cena não foi isolada corretamente e não há pistas sobre o agressor.
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Nas redes sociais, os internautas publicaram mensagens de revolta. No Twitter, a hashtag #JusticeforJisha (Justiça para Jisha) foi usada por indianas para exigir respostas sobre o que ocorreu e pedir que os homens apoiem a luta pelo fim da violência contra as mulheres.
Violência de gênero na Índia
Os casos de estupros contra mulheres são recorrentes no país. De acordo com dados de 2014, compilados por autoridades do país, 310 mil mulheres foram vítimas de algum tipo de violência. Deste número, 34 mil se referiam a estupros, enquanto 120 mil eram de violência doméstica.
Em dezembro de 2012, outro caso brutal chocou o país: a estudante Jyoti Singh foi vítima de um estupro coletivo dentro de um ônibus. O ocorrido gerou uma grande mobilização no país e fez com que as autoridades decretassem leis mais severas para esse tipo de crime.
A história de Jyoti também virou o documentário “Filha da Índia”, feito pela cineasta Leslee Udwin.