Mulheres são estupradas após usarem aplicativos de relacionamento

Os casos foram relatados pelas vítimas em entrevista à Folha de S.Paulo

Por: Redação
Não há dados específicos sobre casos de estupro envolvendo os aplicativos
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Não há dados específicos sobre casos de estupro envolvendo os aplicativos

Uma reportagem da Folha de S.Paulo, feita pelo colaborador Ricardo Chapola, denunciou casos de estupro contra mulheres em encontros marcados por meio de aplicativos de relacionamentos, como o Tinder e o Happn.

A advogada Cristina (nome fictício), 43, de São Paulo, relatou ao jornal que ganhou 9 kg após ter que começar a tomar remédios profiláticos contra sífilis. Ela foi estuprada por um rapaz que conheceu no Tinder. “Ele me obrigou a fazer sexo anal e eu não queria. Fiquei toda machucada”, contou.

O agressor se apresentava no app pelo nome de um jogador de futebol, mas ela não suspeitou, pois não é ligada ao esporte. Para conquistar sua confiança, o rapaz chegou a dar números de CPF e RG. Mas era tudo falso, o que a advogada soube só depois do abuso, quando descobriu outra vítima do mesmo homem, mas pelo Happn.

Apenas na capital paulista, foram registradas 1.574 ocorrências de estupro até agosto, maior índice dos últimos três anos. No entanto, segundo a reportagem, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo não sabe informar quantos aconteceram por meio do uso de aplicativos de relacionamento.

Outro caso foi relatado pela pedagoga Mariana (nome fictício), 26, de Manaus, que também afirmou ter sido estuprada depois de sair com um homem que conheceu pelo Tinder. A vítima, assim como Cristina, não prestou queixa na delegacia. “O rapaz que me estuprou sabia que não tinha como denunciá-lo. Ninguém ia acreditar em mim. Eu não tinha provas. Só as marcas no meu corpo.”

De acordo com Mariana, o agressor a levou para jantar em um apartamento que dividia com um casal de amigos. Após comerem, eles transaram e ela pediu um remédio para dor muscular. “Ele voltou da cozinha com um copo de água e uma pílula. Tomei e em menos de 10 minutos apaguei. Só lembro de acordar com dores no ânus e marcas de mordidas nas costas e na bunda.”

Continue lendo a reportagem aqui.

  • Leia mais: