“Não teremos aqui provas cabais” diz procurador que acusa Lula
Nesta quarta-feira, dia 14 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sua esposa Marisa Letícia e mais seis pessoas na Operação Lava Jato, que requereu o bloqueio de R$ 87 milhões dos denunciados.
Segundo a denúncia, Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas. Os crimes ainda incluem corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia não significa que eles sejam culpados, pois ainda caberá à Justiça acolher ou não as argumentações dos promotores. Somente após esta decisão eles serão (ou não) julgados.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, há provas do MPF de que Lula era o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava Jato”. Porém, durante a sua apresentação de Power Point, nada ficou comprovado.
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Já o procurador Roberson Henrique Pozzobom, questionado sobre a lavagem de dinheiro que Lula é acusado referente ao triplex do Guarujá, respondeu: “Em se tratando de lavagem de dinheiro, ou seja, em se tratando de uma tentativa de se manter as aparências de licitude, não teremos aqui provas cabais de que Lula é efetivo proprietário no papel do apartamento. Pois, justamente, o fato de ele não configurar como proprietários do triplex, da cobertura em Guarujá, é uma forma de ocultação de dissimulação da verdadeira propriedade”.
Novamente questionado se Lula é realmente culpado, Deltan Dallagnol respondeu. “Todas as provas nos levam a crer, acima de qualquer dúvida razoável, que Lula era o maestro desta grande orquestra concatenada para saquear os cofres da Petrobras e de outros órgãos públicos. Era o general que estava no comando da imensa engrenagem desse esquema, que chamamos de propinocracia”.