Nem toda nudez é lasciva: mulheres, livros e topless em NY

Procurando mudar a noção social de que a exposição do seios é algo necessariamente vulgar, mulheres se reúnem em espaços públicos para fazer topless e discutir literatura

Uma tribo urbana voltou a agitar a paisagem do Central Park, em Nova York, neste início de primavera de 2014: mulheres que curtem topless e o prazer de ler ao ar livre.
Criado em agosto de 2011, o Outdoor Co-ed Topless Pulp Fiction Aprecciation Society surgiu com o objetivo de legitimar o topless feminino que, embora legal, não costuma ser socialmente aceitável. Aproveitando o respaldo da lei da cidade de Nova Iorque, nos EUA, um grupo de mulheres se reúne esporadicamente para discutir literatura, a torso nu, em lugares nos quais os homens têm o mesmo direito.

 

A intenção é mudar a noção social de que a exposição do seios é algo necessariamente vulgar. Com uma recepção favorável na mídia e pelo público, as reuniões abertas já tomaram a frente do New York Metropolitan Museum of Art, do Madison Square Park, Bryant Park, Central Park, Battery Park; já ocuparam as mesas externas do edifício Flatiron e os degraus da New York Public Library.

Segundo a co-fundadora do grupo ao NY Daily News, a ideia surgiu como uma maneira de aproveitar a legalidade do topless e alcançar o mesmo patamar de respeito que os homens, isentos de preconceito ou censura ao tirarem suas blusas em espaços públicos. “Nós estamos esperando transformar um tabu em algo sem consequências na sociedade. ”