Página no Facebook denuncia assédio sexual em escolas no Brasil
O projeto reúne relatos de estudantes sobre casos de assédio sexual, agressão verbal e outros tipos de abuso nas instituições de ensino
A página no Facebook “Eu tinha um professor que” foi criada por seis mulheres com o objetivo de denunciar casos de assédio sexual, agressão verbal ou outros tipos de abuso sofridos por estudantes em escolas no Brasil. Na rede social, as jovens recebem relatos, criam imagens para destacar certos trechos das histórias e depois os compartilham sem divulgar o nome das vítimas.
A ideia do projeto é criar um espaço de debate sobre abuso e pedofilia, com foco em colégios de todo o país. “Percebemos que muitas meninas estão usando a página como uma forma de pressionar as instituições para fazerem algo a respeito. Achamos ótimo, apesar da responsabilidade”, afirmam as idealizadoras, que preferiram não ser identificadas.
A iniciativa surgiu após uma discussão informal entre amigos, na qual elas perceberam que o assédio nas escolas é algo extremamente comum e corriqueiro, mas pouco abordado na mídia. “Então, todas nós, juntas, decidimos fazer alguma coisa a respeito. Daí surgiu a ideia de fazer uma página como suporte pra denúncia/desabafo/acolhimento”, relatam as criadoras da conta.
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Em menos de um mês, a repercussão da página já está sendo bastante significativa para mudanças concretas. As estudantes receberam mensagens de meninas de vários estados contando que a conta chegou à direção de seus colégios e que a iniciativa está incentivando a ocorrência de denúncias. “Alguns funcionários dessas escolas (professoras e coordenadoras) vieram falar conosco, mas para parabenizar e dialogar”, completam elas.
Se você já sofreu alguma forma de agressão verbal, assédio ou qualquer outro tipo de abuso por parte de professores, coordenadores, diretores ou qualquer funcionário que trabalhe nessas instituições de ensino, colégio, cursinho e afins, divida suas experiências por meio de mensagens na página ou no Google Forms. Todos os relatos serão postados anonimamente para preservar a identidade e a segurança das vítimas.
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