Petição on-line pede fim do abuso da Polícia Militar em protestos

Na próxima terça-feira (12), o Tribunal de Justiça de São Paulo vai decidir se mantém uma decisão liminar que restringe o uso de balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo pela Polícia Militar em protestos.

Com o objetivo de pressionar os desembargadores que irão julgar o caso, o Minha Sampa e a ONG Conectas criaram uma petição on-line para aqueles que anseiam por limites na repressão policial.

A liminar determina ainda a nomeação de negociadores para intermediar o contato com os manifestantes e obriga que todos os agentes estejam identificados. Além disso, ela obriga a corporação a elaborar uma norma clara e pública, baseada em parâmetros internacionais, que regule o uso da força em manifestações.

Manifestações legítimas são marcadas por repressão policial
Créditos: Tiago Queiroz
Manifestações legítimas são marcadas por repressão policial

“A atuação da Polícia Militar é marcada pela violência e por uma profunda falta de previsibilidade e transparência. Isso precisa mudar urgentemente e acreditamos que a liminar é um passo importante nesse sentido”, afirma Rafael Custódio, coordenador do programa de Justiça da Conectas.

O julgamento acontece às 9h30, já nesta terça-feira, dia 12. Assine a petição e faça sua pressão neste link.

 #MeuProtestoReprimido

Na última quarta-feira (6), uma gravação feita no centro de São Paulo denunciou a postura repressora de oficiais da Força Tática, equipe da Polícia Militar paulista. No vídeo, os oficiais atacam cerca de 20 estudantes que pediam instalação de CPI referente ao desvio de verbas da merenda nas escolas da rede estadual de ensino. Os secundaristas foram perseguidos e atacados com bombas de efeito moral.

Para quem já passou por casos como este, o Minha Sampa lançou a hashtag #MeuProtestoReprimido, onde pede que as pessoas compartilhem uma experiência pessoal em que a polícia tratou o episódio em que você estava presente com o uso abusivo da força.

Relembre alguns relatos já publicados pelo Catraca Livre sobre truculência policial: