PMs confundem saco de pipoca com drogas e matam adolescente no RJ
"Meu neto foi assassinado por PMs que não deveriam estar usando a farda. É mentira deles, não houve confronto algum", ressalta avô de Jhonata, morto com um tiro na cabeça na noite da última quinta-feira, 30
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Três semanas, quatro mortes motivadas pela violência policial. Um suposto tiroteio entre policiais militares e criminosos na região da UPP Borel, na Zona Norte do Rio, resultou na morte de um adolescente de 16 anos na noite da última quinta-feira, 30 de junho. Jhonata Dalber Mattos Alves foi baleado por um policial com um tiro na cabeça e chegou a ser levado para o Hospital Federal do Andaraí, mas não resistiu.
Em entrevista ao jornal Extra, Janaina Mattos, 32 anos, defende o filho que havia saído para buscar pipoca com uma vizinha quando foi baleado. Os moradores acusam os PMs de confundirem o pacote com drogas e atirarem no jovem. “Meu filho era estudante, ele só foi buscar um saco de pipoca. Minha vida acabou”.
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Moradores negam que estivesse havendo um confronto no momento em que ele foi atingido.”Deram só um tiro. Um colega que estava junto pediu para não atirarem nele depois que mataram o Jonathan” disse a dona da casa onde o rapaz havia ido buscar pipoca.
Após o assassinato de Jhonata, moradores iniciaram um protesto pelas ruas da comunidade. A via foi fechada durante alguns minutos, e vários carros chegaram a retornar na contramão.
Violência policial faz nova vítima em SP