Polícia investiga casos de estupro coletivo no Distrito Federal

Com informações do G1

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga dois casos recentes de estupro coletivo. O primeiro ocorreu com uma garota de 13 anos durante festa junina de uma igreja no Park Way e os suspeitos são três colegas de escola da vítima. O crime teria ocorrido no último sábado, dia 4, mas foi levado à delegacia apenas nesta terça, dia 7.

Segundo a denúncia, a adolescente ficou desacordada depois de ingerir bebidas alcoólicas. O caso ganhou repercussão após ser confundido com outro crime relatado pelo médico plantonista Alexandre Paz Ferreira, que postou um texto nas redes sociais sobre o estupro de uma menina de 11 anos. Inicialmente, a Polícia Civil tratou os dois casos como sendo o mesmo.

Os casos ocorreram com adolescentes de 11, 13 e 15 anos

Em depoimento, a irmã da menina contou que a deixou na festa e foi embora. Uma das amigas que acompanhava a adolescente disse que colegas se juntaram a elas. À polícia, a vítima disse que todos passaram a ingerir bebidas alcoólicas e que depois ela perdeu o sentido e não se lembra mais do que ocorreu.

“[Ela] Acordou no outro dia na residência de sua amiga M.L.C. e esta lhe informou que os adolescentes lhe deram bebidas alcoólicas, ‘Catu’, com intuito de lhe ‘dopar’, para praticarem ato libidinoso com a vítima. Que disse também que os adolescentes passaram as mãos nas suas partes íntimas”, diz o boletim de ocorrência.

A Paróquia Imaculado Coração de Maria afirmou desconhecer a ocorrência, mas afirmou que pretende colaborar com a apuração.

Segundo caso

Nesta quarta-feira, dia 8, a Polícia Civil informou que está investigando o estupro de uma menina de 11 anos que, junto com uma familiar de 15, teria sido violentada por dois homens em Samambaia.

A criança teria sido atendida pelo médico Alexandre Paz Ferreira, que diz não ter dúvidas de que houve estupro. A publicação no Facebook do profissional teve mais de 2,1 mil compartilhamentos.

Relato publicado pelo médico

“Entram na minha sala [na madrugada do dia 4] um senhor numa cadeira de rodas – o pai – e a tal menina. Ouço a história. A infectologia me ensinou toda a teoria que eu precisava saber para realizar tal atendimento. Enquanto o pai relata o ocorrido, calmamente e sem muitos detalhes, eu começo a vasculhar minha mente sonolenta em busca de informações úteis. HIV, hepatite B, doenças, gravidez”, lembra o médico.

“Percebo que na prática eu precisava de muito mais que o protocolo médico me ensina. A teoria foi pouco. Precisava achar uma palavra de consolo para dizer. Amor, esperança, sei lá. Precisava dizer algo positivo para aquela criança (sim, criança). O que a minha mente exaurida encontrou pra dizer foi apenas que ela nunca deixasse que ninguém a fizesse acreditar que a culpa era dela. A culpa é do praticante do estupro, não da vítima. Nunca da vítima. Foi isso o que eu disse”, finalizou.

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