Prefeitura oficializa fechamento da Paulista aos domingos
Com amplo apoio da população, Paulista Aberta recria rotina da cidade aos domingos; um ano depois, o que pensam os paulistanos?
Neste domingo, 26, São Paulo comemora, antecipadamente, o primeiro aniversário desde a inauguração da ciclovia no mais importante cartão postal da cidade.
E de presente antecipado, os paulistanos ganharam no último sábado, 25, o decreto do prefeito Fernando Haddad, que oficializa o projeto Paulista Aberta, além do Programa Ruas Abertas, que promovem atividades de ruas aos domingos e feriados para a população.
Regulamentado no Diário Oficial da Cidade, a proposta via decreto foi assinada para que o fechamento da via, aos domingos, visando a continuidade do projeto para os próximos anos. Com amplo apoio dos paulistanos, a rotina da cidade se transformou nos últimos meses, abrindo caminho para uma São Paulo mais inclusiva, acolhedora e compartilhada.
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Com a oficialização, um comitê de monitoramento com organizações da sociedade civil ficará responsável por consolidar a abertura de, pelo menos, um viário nas 32 subprefeituras do município.
Histórico
Na próxima terça-feira, 28, a capital paulista comemora um ano de abertura da Avenida Paulista aos domingos. A data marcou a inauguração da ciclovia. Apesar disso, a decisão definitiva só aconteceu em outubro: quatro meses depois do questionamentos do ministério público e setores da sociedade civil, que manifestavam preocupação com o fechamento para hospitais, equipamentos culturais, hotéis e comércios na via e entorno.
Um ano depois, o que pensam os paulistanos?
Problemas, que há um ano, suscitavam problemas para a abertura da avenida, ainda dividem opinião dos moradores da região e também quem passam pelas proximidades. Como, por exemplo, o acesso às 40 instituições médicas localizadas na Avenida Paulista. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, publicada neste sábado, 25, o presidente da Associação Nacional de Hospital Privados, Francisco Balestrin, diz que “Os hospitais já se adaptaram a essa realidade”. Em nota, à época, o Hospital Santa Catarina que “não registra nenhum problema aos domingos”.
Representantes da rede hoteleira da região, que há um ano, temiam que a interdição da Paulista se tornasse um problema para os hóspedes, hoje avaliam o fechamento com bons olhos.”Como tudo que vira rotina, houve uma adaptação. E hoje já observamos que muitos hóspedes gostam de caminhar pela Paulista aos domingos”, ressalta o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo.
A Associação Comercial também manifesta apoio à iniciativa aos domingos: “É uma medida bem intencionada. Não vejo nada que possa contrariar essa disposição de dar direto ao pedestre, no domingo, de usufruir a via”, ressalta o presidente Alencar Burti.
Moradores ainda são contra o fechamento
Em entrevista ao Estadão, a presidente da Sociedade dos Moradores de Cerqueira César, a advogada Célia Marcondes garante que nas reuniões do grupo, os residentes da região se mantém veementemente contra a abertura da avenida. “O programa obstaculariza uma via que é a artéria mais importante da cidade. Chega a ser devastador”. Confira a matéria completa na página do jornal.