Presidente da Chechênia pretende eliminar gays da região até maio
No começo de abril, o grupo ativista russo LGBT Network denunciou que o governo da Chechênia estaria detendo gays em um campo de concentração. Mais de 100 homens já estariam presos no local, segundo grupo.
Agora, vários veículos de comunicação com temática LGBT ao redor do mundo têm feito uma nova denúncia: o presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, teria prometida livrar o estado republicano da homossexualidade até o próximo Ramadã, mês sagrado do Islã, que começa a ser celebrado dia 26 de maio. Kadyrov teria relatado os planos à mídia local russa.
Um porta-voz do governo teria confirmado as afirmações de Kadyrov ao site de notícias Gay Star News. Segundo a fonte, a ameaça foi revelada no Parlamento inglês pelo deputado e vice-secretário de Relações Exteriores, Sir Alan Duncan. “Ele [Kadyrov] realizou outras campanhas violentas no passado e, desta vez, ele está dirigindo seus esforços para a comunidade LGBT”, teria dito Duncan no Parlamento.
“Relatos confiáveis sugerem que pelo menos quatro pessoas foram mortas e muitas outras estão sendo torturadas”, relatou Duncan. “As declarações do governo na Chechênia, que parece tolerar e incitar a violência contra pessoas LGBT, são desprezíveis”, lamentou.
Ainda no Parlamento inglês, a questão foi levantada pelo deputado britânico Stephen Doughty. “O presidente Putin já tem um histórico de perseguir a comunidade LGBT e tem um parceiro na Chechênia”, disse.
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