Projeto Praças propõe solução colaborativa entre cidadãos, prefeitura e iniciativa privada

Com a maioria das praças de São Paulo abandonadas e degradadas, novo modelo de gestão de espaços públicos aposta em tecnologia e novas mídias para melhorar o mundo

Um ano antes de chegar aos 30, o arquiteto Marcelo Rabelo decidiu pedir demissão do seu antigo emprego para se tornar um empreendedor social. Aproveitou sua experiência em projetos de urbanização em favelas para buscar soluções criativas e inovadoras que ajudassem a melhorar São Paulo e seus espaços públicos: nesse cenário surgiu o Projeto Praças.

Ao unir a praticidade das novas tecnologias ao conceito de engajamento virtual (e presencial), o arquiteto foi buscar noções de administração e empreendedorismo para chegar à melhor resposta que buscava. “A ideia é ser mais que ações de melhorias de determinados lugares. O projeto convida a população a participar não só com a revitalização, mas também propondo atividades que ocupem o espaço público de forma consciente”, explica.

: O projeto foi selecionado pela ONG Social Good Brasil como uma das 50 iniciativas sociais que usam tecnologia e novas mídias para melhorar o mundo.

Além do desejo de tocar o próprio barco, a inspiração para o projeto veio dos anos frente a processos participativos quase sempre sem grandes resultados. A isso somou-se a ideia de “cidades para pessoas”, traduzida em forma de ação social, estruturada em três pilares básicos: ativação, gestão e continuidade das atividades. Anunciado há pouco mais de um mês, o projeto já conta com cerca de 200 voluntários interessados.

A primeira mobilização do projeto, que tem o aval da Subprefeitura, acontecerá em uma praça localizada no bairro do Brooklin, entre a R. Kansas, R. Porto Martins, R. Rio da Prata e Av. Nova Independência. Em agosto, a revitalização da Praça Acibe Ballan Camasmie iniciará a fase de ativação com mutirões, eventos e melhorias. Depois, a ideia é que o projeto se multiplique por diversas regiões da cidade de São Paulo.”A proposta é formar uma rede colaborativa de gestão de praças, que se multiplique pela cidade”.

Como participar?

O primeiro passo para participar do projeto é se tornar “amigo da praça”, acessando o site. A partir daí é possível opinar e acompanhar o processo de revitalização da área escolhida. É permitida a participação de qualquer pessoa que frequente o bairro, isto é moradores, trabalhadores, estudantes, frequentadores do comércio local, etc. As empresas e instituições podem contribuir escolhendo as opções de apoio pré-listadas para o projeto no site www.adotepracas.com.br, ou propor outras formas de participação.