Qual a diferença entre cantada e assédio _ e por que isso importa
Texto escrito por Marcela de Mingo e publicado no Superela
Parece muito estranho que a gente ainda precise falar a diferença entre cantada e assédio, mas tudo bem. Entendemos que muita gente ainda está aprendendo sobre as mudanças que estão rolando no mundo agora e é importante a gente explicar, quantas vezes for preciso, até que todo mundo saiba do que estamos falando.
Rolou uma confusão por causa das cartas de Danuza Leão e da atriz francesa Catherine Deneuve, em que ambas defendiam a liberdade do homem de “cantar” uma mulher na rua. Falando especificamente sobre esse assunto, já podemos definir um cara que solta um “gostosa” enquanto a mulher caminha para o trabalho, por exemplo, como assédio. Mas por quê?
No último dia 16, uma hashtag no Twitter se tornou uma das mais comentadas na rede social, justamente com usuários comentando a diferença entre cantada e assédio. Muitos deles deixaram claro onde fica essa divergência, e tem tudo a ver com um outro assunto que já falamos muito por aqui:
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A diferença entre cantada e assédio está no consentimento.
Segundo as definições oficiais da cartilha da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, feita em parceria com a ONG Think Olga: “assédio é uma manifestação sensual ou sexual, sem o consentimento da pessoa a quem se dirige. Geralmente, são abordagens grosseiras, ofensivas e propostas inadequadas que constrangem, humilham e amedrontam”.
Por que o cara que grita “gostosa” na rua é um assediador?
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