Renata Banhara relata agressão do marido e fala sobre doença
A modelo denunciou violência doméstica sofrida pelo ex-marido, enquanto luta contra uma infecção no rosto que pode deixar graves sequelas
Renata Banhara voltou a falar sobre a relação abusiva com o ex-marido, após divulgar, na última quarta-feira, 12, um vídeo onde aparece sendo agredida pelo então companheiro.
Em entrevista ao “TV Fama”, da RedeTV!, a modelo deu novos detalhes da agressão, presenciada pelo filho, e falou sobre seu quadro de saúde que regrediu, e pode deixar graves sequelas, se não tratada com urgência.
Segundo contou, ela divulgou as imagens para comprovar que não estava mentindo sobre ser agredida pelo marido, e ressalta que o que aparece nas imagens é apenas 10% de tudo que viveu, além das humilhações.
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https://www.youtube.com/watch?v=CGylyl_udas
Sobre o quadro de saúde de Banhara, informações do portal R7 atestam que a infecção no cérebro dela pode deixar a modelo sem visão e também sem fala.
De acordo com o especialista em otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Jamal Azzam, Renata “pode apresentar problemas neurológicos e motores, como, por exemplo, não mexer mais as pernas e os braços. Ela pode não falar mais. Pode não reconhecer as pessoas. Pode, inclusive, morrer ou ter convulsões”, atesta o clínico.
“Ela está pronta para a cirurgia, no entanto, não tem dinheiro. Como médico, minha obrigação é continuar dando suporte. Num primeiro momento, ela deve procurar o serviço público… Estamos lutando contra o relógio. Renata é um ser humano que precisa de ajuda”, afirma o médico.
Ainda segundo Renata Banhara, ela foi agredida nos seios da face pelo marido, exatamente onde realiza tratamento da infecção. De acordo seu relato ao TV Fama, a agressão do ex na região do rosto foi premeditada.
Sem condições de arcar com o tratamento, e após ter o plano de saúde cortado em decorrência da separação, ela está fazendo acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde.
“Ele me expôs a uma violência psicológica que é muito maior que a agressão. O que eu apanhei dele é pequeno perto da sensação que eu tenho hoje das agressões psicológicas que ele fez comigo. Principalmente o de trazer uma mulher para a minha cama”, contou.
- Saiba como denunciar violência doméstica.
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar.
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