Rússia restringe classificação indicativa de ‘A Bela e a Fera’
Tudo por causa de um personagem gay
‘A Bela e a Fera’ é, de longe, um dos lançamentos mais aguardados deste ano. O conto de fadas clássico da Disney é um dos favoritos do público, e a adaptação live-action cria expectativa com um elenco querido (Emma Watson como Bela é a realização do sonho de muitos fãs) e efeitos especiais deslumbrantes.
Antes mesmo de estrear, o filme já levantou polêmica (e gerou comemorações). Isso porque foi anunciado que a história contará com um relacionamento gay – um divisor de águas para a Disney, que recentemente também mostrou beijos gay e lésbico em um desenho animado.
A notícia gerou furor na Rússia. A expectativa era de que o país conservador banisse o longa; porém, o governo optou por mudar a classificação etária para maiores de 16 anos. Ou seja, o remake do clássico infantil que encanta pessoas de todas as idades acabará sendo restrito apenas para adultos.
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O legislador russo Vitaly Milonov havia enviado um pedido oficial para o ministro da cultura, Vladmir Medinsky, pedindo o banimento de ‘A Bela e a Fera’ na Rússia. Ele disse que a produção envolvia “propaganda explícita e sem vergonha de relações sexuais pervertidas e pecaminosas”. Seu argumento foi que o conteúdo iria de encontro com uma lei russa que condena “propaganda gay para crianças”.
Diante da controvérsia, Josh Gad, o ator que interpreta o personagem homossexual no filme, apontou ao site People: “Eu diria que esse filme é de inclusão, que tem algo a oferecer para todo mundo. Há temas nele que eu realmente acho muito importantes e provavelmente o mais importante é: nunca julgue um livro pela sua capa”.