Surfista brasileiro está mais próximo de tornar-se santo
Jovem, carioca, médico, surfista e candidato a santo. No dia 1º de maio, completam-se oito anos da morte de Guido Vidal França Schäffer, que sofreu um acidente quando pegava onda, aos 34 anos. A data marca, também, a reta final da fase do processo de canonização de Guido a cargo da Cúria do Rio. O documento, com cerca de 20 mil páginas, já está pronto e passará apenas por uma revisão antes de ser enviado ao Vaticano, em outubro deste ano.
O processo de canonização tem quatro etapas. Primeiro, cinco anos após a morte, o candidato torna-se Servo de Deus. Depois, seu processo é submetido a um tribunal eclesiástico, que investiga a vida do postulante, para considerá-lo Venerável. Após um milagre ser comprovado, mediante minuciosa análise, torna-se Beato. Confirmado o segundo milagre, o processo é levado ao Papa, que o torna Santo.
Os relatos de milagres realizados por Guido são centenas. Só na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, no Rio de Janeiro, onde estão seus restos mortais, fieis já preencheram 15 livros que testemunham seus feitos. Independentemente do resultado do processo de santificação do rapaz, um memorial será montado com relíquias do jovem.
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Uma imagem de Guido vestido de calça jeans, com uma prancha na mão e uma Bíblia na outra repousa sobre a cabeceira de sua mãe, Maria Nazareth Schäffer, de 68 anos, na Barra da Tijuca. Na casa, também estão guardadas relíquias do rapaz, como os instrumentos que usava em consultas médicas e a prancha de surfe que usava no dia em que morreu. Esses objetos, entre outros, que marcaram a história do candidato a santo – e, quem sabe, futuro santo – estarão presentes no memorial.