Transexual crucificada é atacada em SP e desabafa nas redes sociais

Modelo trans se torna estatística e, após receber ameaças, é atacada a facadas em SP

10/08/2015 11:51 / Atualizado em 23/12/2015 12:17

Em 12 meses, no Brasil, a transfobia assassinou mais de 100 transexuais, travestis e transgêneros. Somado aos crimes de homofobia, o país alcança assim a vexatória condição de um dos lugares mais perigosos do mundo para a população LGBT nos dias atuais.

Cenário que inspirou a conhecida intervenção realizada na 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, levando para as ruas a crucificação da transexual Viviany Beleboni em alusão ao crescente histórico de violência.

No último sábado, 8 de agosto, a modelo crucificada em cena, se tornou estatística na vida real após ser agredida e estaqueada próxima à sua casa na capital paulista.

“Fazer [boletim de ocorrência] para quê? Para eles te tratarem como um homem, para rirem na sua cara? Eu vou ficar trancada na minha casa, porque é isso que esses fanáticos querem. Estou cansada de ser ameaçada”
“Fazer [boletim de ocorrência] para quê? Para eles te tratarem como um homem, para rirem na sua cara? Eu vou ficar trancada na minha casa, porque é isso que esses fanáticos querem. Estou cansada de ser ameaçada”
A denúncia foi feita pela própria Viviany em vídeo publicado em sua conta nas redes sociais. “”Uma pessoa me reconheceu, tava com uma faca o marginalzinho, mendigo de rua, sei lá o que foi. Falou que eu não sou de Deus, que sou um demônio e que eu tinha de pagar pelo que fiz”, relata atriz que recentemente afirmou em entrevista ser alvo de intimidações e ameaças desde sua participação na parada gay paulista.