Travesti jogada de viaduto morre depois de 2 meses de internação

A travesti estava internada em coma há dois meses

Morreu nesta quarta-feira, 12, a travesti Hérika Izidoro, 24 anos. Ela estava internada há dois meses, no Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, depois de ter sido espancada, violentada e jogada de cima de uma passarela de pedestres sob uma das avenidas mais movimentadas da cidade.

O caso aconteceu depois que a travesti voltava de uma festa de Pré-Carnaval, na madrugada do dia 12 de fevereiro. Hérika só foi encontrada no dia seguinte com o rosto desfigurado e em estado grave. Segundo informações de familiares, Hérika ficou em coma durante grande parte do período de internação e não resistiu aos ferimentos.

Ninguém foi preso ainda pelo crime contra Hérika. A Polícia Civil do município informa que a demora da resolução do caso é em virtude da falta de provas e de identificação dos suspeitos, já que não há testemunhas.

De acordo com dados da Transgender Europe em 2015, o Brasil é o País que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre 2008 e 2014, foram registradas 604 mortes de travestis e transexuais no Brasil, líder do infeliz ranking dos países mais transfóbicos.

No começo do ano, Fortaleza chamou a atenção do mundo por causa da repercussão de outro assassinato de uma travesti, Dandara dos Santos, de 42 anos, espancada até a morte por cinco homens que registraram a ação em vídeo.

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