Veja a repercussão do impeachment na imprensa internacional
"Congresso hostil e manchado por corrupção", escreveu o jornal britânico The Guardian
Jornais e revistas em todo o mundo repercutiram a aprovação da Câmara dos Deputados à abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que ocorreu na noite deste domingo, dia 17. A mídia internacional citou a derrota do governo na votação e também questionou o discurso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente, Michel Temer (PMDB).
Em veículos de comunicação nos Estados Unidos, Europa e América Latina, os textos destacaram como foi a votação e criticaram alguns deputados, que fizeram discursos sem fundamento e com muitas menções a Deus para justificar o voto.
O jornal britânico “The Guardian” foi o primeiro a divulgar o resultado, logo depois do voto que definiu a aprovação do processo. “Congresso vota para impedir a presidente Dilma Rousseff”, diz a chamada. Outra matéria aborda ainda que Dilma foi derrotada por um “Congresso hostil e manchado por corrupção”.
Já os argentinos “Clarín” e “La Nacion” deram grande destaque ao tema em suas páginas. O “Clarín” chegou a transmitir ao vivo a votação, com streaming da TV Câmara.
O jornal espanhol “El País“, na reportagem “Deus derruba a presidente do Brasil”, citou os muitos deputados que justificaram o voto pelo impeachment com argumentos religiosos. De acordo com o veículo, caso Temer assuma a presidência enfrentará dura oposição do PT.
O “The New York Times” escreveu que o resultado foi uma “derrota esmagadora” para Dilma e o PT. Além disso, o também norte-americano “The Washington Post” afirmou que o processo contra Dilma ocorre em um momento de “impressionante mudança na sorte de um país onde tudo parecia ir bem alguns anos atrás”.
O “Le Monde“, da França, destacou o que classificou como um ambiente de fatos e gestos insólitos na sessão da Câmara, no artigo intitulado “Os 10 segundos de celebridade dos brasileiros”. “Cada um dos 511 deputados presentes se beneficiou de seus 10 segundos de palavra para deixar sua marca nessa sessão histórica transmitida ao vivo”, ressaltou.
Com informações do G1