Jovem paraplégica faz relato inspirador sobre sexo

13/12/2016 12:36

Na maioria das vezes, sexo entre deficientes físicos é visto como tabu. Rachelle Chapman, de 29 anos, é paraplégica e se abriu sobre sua vida sexual, com uma mensagem inspiradora e empoderadora.

A americana, de Raleigh na Carolina do Norte, perdeu o movimento de seu corpo do pescoço para baixo ao ser empurrada para dentro de uma piscina durante sua festa de despedida de solteira em 2009.

Ela ainda luta contra suas próprias inseguranças
Ela ainda luta contra suas próprias inseguranças

Depois do acidente, um dos maiores medos da jovem era de nunca mais sentir prazer sexual. Desde então, ela sempre conseguiu fazer sexo normalmente, mas não chega mais ao orgasmo como antes.

Por isso, com a ajuda de sua equipe de reabilitação, aprendeu novas maneiras de aproveitar a relação. Como Rachelle ainda tem sensações em seu pescoço, seu marido passou a utilizar essa parte do corpo como zona erógena.

Para acabar com a impressão – errônea – que as pessoas têm sobre a vida sexual de deficientes físicos, ela decidiu pousar semi-nua para uma campanha empoderadora.

“Eu espero que isso inspire outras pessoas a focarem nas coisas que amam sobre si mesmas e não serem tão críticas”, disse a jovem em entrevista à People.

Além disso, ela teve sua própria iniciativa inspiradora no Twitter e Facebook. “Eu estou encorajando todo mundo a utilizar as redes sociais para dizer algo sobre que amam em si mesmos com a hashtag #WhatMakesMeSexy (O que me faz ser sexy, em inglês)”.

Mesmo mostrando confiança durante o ensaio, ela ainda luta contra suas próprias inseguranças – especialmente sobre seu cateter, que é visível em todas as imagens.

“Eu quero dar uma nova cara para a deficiência”, contou com o objetivo de atingir outras mulheres paraplégicas. “Nós todos temos defeitos, e pela primeira vez na minha vida não estou escondendo meu cateter. Eu não vou me esconder mais.”

Em 2015, Rachelle teve sua primeira filha – de uma gravidez de barriga de aluguel – e supera suas dificuldades um dia de cada vez.

“Pessoas acham que como paraplégica eu não consigo mover nada, mas não é verdade”, desabafou. “Isso é principalmente para educar pessoas em relação a maternidade, do que sou capaz, como é ter uma lesão na espinha e meu relacionamento. Tem muita coisa que eu posso fazer e eu quero que as pessoas vejam isso.”

Sua filha se chama Kaylee
Sua filha se chama Kaylee - © Facebook