Modelos plus size falam a verdade sobre a indústria da moda

18/10/2016 16:05 / Atualizado em 22/03/2017 14:31

O trabalho das modelos plus size é extremamente importante. Isso porque as mulheres que não se encaixam no padrão da magreza raramente se veem representadas na mídia. Além disso, muitas marcas produzem roupas apenas até o tamanho 42. Mudar essa mentalidade excludente é uma luta diária.

O The Cut chamou algumas top models plus size famosas para falar justamente sobre isso. Elas compartilharam as suas frustrações, explicaram como é a sua carreira e também apontaram as mudanças que gostariam de ver na indústria da moda (e no mundo). Nós traduzimos alguns trechos. Confira:

Precious Lee

“Por ser negra e plus size, estou lutando em muitos níveis diferentes. E eu acho que é por isso que as modelos plus size se tornam defensoras: nós vemos que o fato de nós estarmos fazendo o que estamos fazendo é o motivo pelo qual as nossas caixas de entrada do Facebook e do Twitter estão cheias de garotinhas dizendo: ‘muito obrigada'”.

Precious Lee
Precious Lee

Nadia Aboulhosn

“Acho que a coisa mais frustrante para mim é sempre me perguntarem o porquê de eu ser tão confiante. Por que eu não seria confiante? Cresci em uma família que me mostrou que eu era linda a minha vida inteira, e as pessoas com quem eu cresci tinham corpos parecidos com o meu. Não me sentia excluída até me tornar parte da indústria da moda.”

Nadia Aboulhosn
Nadia Aboulhosn

Barbie Ferreira

“(…) Muitas garotas gordas apenas querem fazer parte de algo. Eu passei por isso – ser aquela única curvilínea dentre vinte meninas. É muito difícil porque você quer fazer as mesmas coisas, mas nem consegue colocar o seu pé na porta. Não pode nem aparecer. Você não consegue nem experimentar as roupas porque [as marcas] não fazem [tamanhos para você]. Muitas pessoas não têm a criatividade de te colocar em roupas que são ‘normais’ porque elas não acham que você é bonita ou legal o bastante para vesti-las, o que é uma grande bobagem”.

Barbie Ferreira
Barbie Ferreira

Iskra Lawrence

“(…) A mulher que eu sou é durona, forte e resiliente, e eu provavelmente não seria assim se não tivesse a oportunidade de descobrir quem eu sou. A indústria da moda meio que me quebrou ao meio, mas ela também permitiu que eu me reconstruísse e percebesse que posso ter um propósito.”

Iskra Lawrence
Iskra Lawrence

Marquita Pring

“Você tem toda essa margem do mundo que não está sendo nem representada. A maior parte das mulheres veste 42/44, mas você ainda vê muitos tamanhos 34, 36, 38. Você nunca vê [tamanhos grandes] na publicidade. Até nos varejistas famosos — você nunca vê garotas gordas ou mesmo um pouco mais magras.”

Marquita Pring
Marquita Pring

Alessandra Garcia Lorido

“Acho que o fato é: nós podermos afetar a confiança de mulheres e homens, de modo que eles possam levar isso aos seus trabalhos. E eles podem seguir para o mundo sem pensar no tamanho deles.”

Alessandra Garcia Lorido
Alessandra Garcia Lorido

Denise Bidot

“Minha mãe lutava muito contra o peso dela, então eu não cresci super confiante. Cresci sendo forçada a fazer dieta e a tomar remédios para emagrecimento. Minha mãe lutou contra a bulimia, e acho que é por eu tê-la visto lutar tanto que eu era realmente determinada em não mudar quem eu sou. Então quando entrei na moda, ironicamente, foi isso que me salvou.”

Denise Bidot
Denise Bidot

Você pode ler a matéria na íntegra (em inglês) neste link.