Nicole Kidman contou sobre como foi interpretar uma mulher que sofre violência doméstica em silêncio

Prestes a completar 50 anos, Nicole Kidman participou essa semana do programa “EllenTube”, apresentado por Ellen Degeneres. Durante a entrevista, a apresentadora elogiou a atuação da atriz na minissérie “Big Little Lies”, da HBO. Na atração, Kidman interpreta uma mãe de gêmeos que sofre abusos físicos do marido, vivido por Alexander Skarsgård.

Nicole Kidman conta na entrevista que ficou feliz porque as mulheres chegavam até ela nos lugares para falar sobre a produção e a sua personagem, que fica calada e sem contar para as amigas sobre a violência doméstica que sofre regularmente. “Eu estava toda semana na casa das pessoas e eu me senti mais próxima dekas por causa disso”, destacou a atriz.

Perguntada se ela teria se machucado durante as cenas de violência, Nicole respondeu que sentia um dever de transmitir verdade para uma história tão complexa. “Eu queria que o público sentisse que as cenas eram reais, então eu me joguei e me perdi no papel”, revelou. “E eu chegava em casa à noite dolorida e com machucados”.

Nicole contou que, claro, não era a intenção de Alexander Skarsgård machucá-la de verdade. “Ele me agarrava, mas eu não dizia que ele estava me machucando de verdade porque eu estava imersa nas cenas. Porque eu queria que o público assistisse às cenas e sentisse que, de alguma forma, elas eram reais”, detalhou. “E isso era importante para mim porque a história é sobre violência doméstica, que é um assunto realmente sério e atual”.

A minissérie foi produzida pela própria Nicole Kidman e pela atriz Reese Witherspoon, que também atua na produção. Ela disse ter orgulho de ter participado de uma minissérie produzida por mulheres. “Eu e a Reese conseguimos produzir e exibir essa minissérie que foi um grande sucesso”, afirmou. “E eu sempre costumo dizer que quando as mulheres decidem combinar suas forças, elas conseguem fazer o que querem”, decretou.

A atriz termina a entrevista afirmando se sentir orgulhosa de estar chegando aos 50. “Eu sei que todo mundo fala ‘ah, não conte sua idade’, mas eu tenho orgulho dos meus 50”.

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