Justiça adverte Globo sobre conteúdo de ‘Senhora do Destino’

A cena clássica foi editada pela Globo para ser exibida na reprise à tarde
A cena clássica foi editada pela Globo para ser exibida na reprise à tarde

Senhora do Destino” foi uma das novelas de maior audiência e repercussão da Rede Globo. Nazaré Tedesco virou uma das grandes vilãs da teledramaturgia brasileira e, hoje, anos depois da exibição da novela (ela foi ao ar entre 2004 e 2005), ganhou sobrevida em vários memes nas redes sociais.

Quando a emissora anunciou a reprise da novela no “Vale a Pena Ver de Novo”, o público comemorou, mas a celebração durou pouco graças a uma série de cortes na trama. Cenas marcantes foram ao ar com cortes, personagens foram limados e e subtramas inteiras apagadas.

O público reclamou, mas os cortes persistem. O motivo é que o  Ministério da Justiça (MJ), órgão responsável pela classificação indicativa, já advertiu três vezes a emissora por exibir “conteúdo incompatível com a classificação atribuída”, que é de 10 anos.

Segundo o site “Na Telinha“, apesar de não existir nenhum dispositivo legal que obrigue as emissoras à adequar o conteúdo exibido à tarde, a Globo decidiu optar por adaptar a novela de Aguinaldo Silva para “evitar que se limite em excesso o público”.

Ainda de acordo com o site, a partir de informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação do Governo Federal, a emissora chegou a receber a primeira advertência ainda antes da reestreia de “Senhora do Destino”.

Em maio e julho deste ano, o MJ voltou a notificar a emissora por exibir cenas de “morte intencional, ato violento, linguagem de conteúdo sexual, insinuação sexual, apelo sexual, consumo de drogas lícitas” e “preconceito”.

O resultado dos cortes tem desagradado o público e rendido acusações até de homofobia à Globo. Confira alguns cortes:

Em nota para o “Na Telinha“,a Globo afirma que  todos os conteúdos, quando produzidos originalmente para outros horários, passam por ajustes e adequações ao serem reexibidos. “Existe sempre o cuidado de não comprometer a essência da obra e das tramas abordadas”.

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