Por ser menina, capitã fica de fora de torneio. Isso está certo?
A filha chega para o Pai e pergunta:
-Pai, eu vou poder jogar?
O pai responde:
– Não, você não vai poder jogar, filha.
A filha, pergunta:
– Por quê?
O pai:
– Porque você é mulher e só os homens podem jogar.
Laura, uma menina de 12 anos, que joga futebol desde pequena -e adora- e, inclusive, é capitão do time misto do clube onde treina, o ADESM (Assoc.Des.Ed.Sind.Metalurg), em São Carlos, está sentindo essa discriminação por gênero na pele. O diálogo foi escrito pelo pai de Laura, Lauro Pigatin, que, indignado com o fato da filha ser impedida de participar de um torneio com o time do qual faz parte, por ser menina e o campeonato só aceitar meninos, lançou um abaixo assinado virtual para levantar o debate sobre essa questão e protestar contra a proibição.
“Todos os anos acontece o campeonato municipal em que o campeão disputa uma fase regional representando o município de São Carlos. Os responsáveis pela fase municipal permitem que ela jogue normalmente com os meninos, os responsáveis pelas outras equipes e os outros atletas (meninos) a tratam muito bem, normal. O problema é que na fase regional, os responsáveis NÃO permitem que ela jogue, por tratar se de um CAMPEONATO MASCULINO E MULHERES NÃO PODEM JOGAR. Isso é um absurdo, pois não existe campeonato feminino, as mulheres não tem opção, simplesmente não podem praticar esporte, nesse caso o futebol”, relatou no texto do abaixo-assinado.
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Usando a hashtag #MeninasPodemJogar, para fortalecer e incentivar o acesso das garotas aos esportes. Lauro já reuniu em sua campanha mais de 9.200 assinaturas, que serão entregues à Secretária de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo. Ele também criou uma página no Facebook para debater o assunto.
Sim, #MeninasPodemJogar e, quando falamos de infância, esporte e brincadeira, é preciso ter cuidado para não classificar as atividades como “de meninos” e “de meninas”.