A Nova York dos anos 1970 era uma loucura (para o bem e para o mal)

Fotógrafa registrou dois mundos distintos dentro de NY: a cultura das discotecas e a periferia em chamas

A Nova York do final dos anos 1970 podia ser descrita com a expressão do escritor Charles Dickens: “Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos.” E as fotografias de Meryl Meisler documentam esse sentimento.

A cidade se aproximava da falência. Os índices de criminalidade aumentavam e os incêndios e o crack se espalhavam por todos os lugares. A Big Apple parecia estar apodrecendo. No meio de tudo isso, uma inovadora cultura da discoteca surgia na agitada vida noturna nova-iorquina. Meryl estava lá, passando pelos portões aveludados e pistas brilhantes das discotecas mais exclusivas, registrando tudo com sua câmera.

No dia 13 de julho de 1977, enquanto ela estava a caminho da famosa boate Studio 54, um apagão parou a cidade. Poucos dias depois, as batidas da música disco voltavam a tocar, mas as manchetes divulgavam apenas notícias sobre um bairro que ela nunca tinha ouvido falar, Bushwick, onde os saques e tumultos eclodiram na escuridão. E lá foi ela também registrar o que estava acontecendo.

O resultado dessa experiência é a mostra “A Tale of Two Cities: Disco Era Bushwick”, que retrata esses dois mundos distintos dentro da mesma cidade.

Via IdeaFixa.