Ensaio fotográfico captura rotina dos catadores de recicláveis

O ensaio “Associação de recicladores – o sofrimento diário por alguns trocados”, realizado pelo fotógrafo e estudante de jornalismo José Tramontin, retrata as condições de ex-catadores de recicláveis que ajudaram a fundar a Associação de Recicladores Rei do Pet (ARREP), em 2010.

A sede, localizada na periferia do município de Ponta Grossa, Paraná, foi inaugurada por um grupo de catadores de materiais recicláveis da cidade. A ideia inicial era garantir melhores condições de trabalho, como um lugar fixo, horário comercial e uma divisão igualitária dos lucros.

No entanto, como conta Marlene Morais da Silva, a realidade ficou mais difícil após começar a trabalhar na associação. “Na rua dava mais. O material era todo meu. Às vezes, eu tinha que buscar de caminhão tudo o que conseguia juntar”, conta Marlene, presidente da ARREP. Agora o rendimento mensal dificilmente chega em R$ 400,00, já que todo o lucro do material vendido é dividido entre os 18 participantes da associação.

A carga de trabalho continua muito pesada. Toneladas de lixo são separadas todo dia. Em alguns casos são senhoras de mais de 70 anos que trabalham carregando sacos com mais de 30kg de plásticos e papel.

O ensaio fotográfico foi realizado após várias visitas realizadas para conhecer a vida dos recicladores e a realidade do seu trabalho. As fotos mostram a força de pessoas que mesmo sem perspectivas de melhora, continuam fortes, tentando sustentar suas famílias como podem.]