A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) oficialmente aprovou a inclusão de cotas étnico-raciais. A decisão, que é histórica, foi tomada pelo Conselho Universitário (Consu) e divulgada na última terça-feira, 21. Sendo assim, o vestibular de 2019 vai reservar 25% das vagas disponíveis para candidatos autodeclarados pretos e pardos.

Outras medidas também foram aprovadas na instituição, como o Vestibular Indígena (obrigatório a partir de 2021), oferta de 10% das vagas por meio do Enem e mudanças no Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) – 20 pontos na primeira e segunda fase do vestibular também aos candidatos que cursaram o ensino fundamental II em escola pública. Além disso, vagas extras para os melhores colocados em olimpíadas e competições de conhecimento foram incluídas.

Novas medidas passam a valer no vestibular de 2019 - Reprodução

O objetivo da iniciativa, segundo o reitor Marcelo Knobel, “é fazer com que a sociedade se veja representada na instituição”. Para ele, a universidade “deu um passo importante ao estabelecer novas formas de ingresso nos cursos de graduação que combinam princípios como mérito, justiça social, equidade e diversidade”.

“Agora, daremos início a uma nova etapa, que incluirá a criação da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade, instância que cuidará de questões como acompanhamento e permanência estudantil, e a elaboração dos respectivos editais”, afirmou Knobel ao Jornal da Unicamp.

USP passa a aprovar cotas raciais e de escola pública na Fuvest