Os 3 erros comuns que afetam a vida de quem trabalha em casa

O home office necessita atenção especial com o ambiente para não prejudicar a saúde e oferecer os resultados esperados.

O número de profissionais que adotam o modelo home office aumentou e a previsão é de que essa modalidade de atuação aumente nos próximos anos – sobretudo, levando em conta a reforma trabalhista discutida no Congresso Nacional.

Segundo o levantamento da empresa Regus, o Brasil é o segundo país no mundo mais adepto ao exercício profissional em casa. A maioria das pessoas acredita que esse tipo de trabalho seja mais flexível e estimulante, principalmente para quem tem filhos e quer continuar investindo na carreira.

Preparando terreno 

Para a arquiteta especialista em projetos para ambientes de trabalho, Priscilla Bencke, é preciso ter cuidado com o local onde as atividades serão desenvolvidas. “Apesar de ser a sua casa, isso não quer dizer que este ambiente esteja preparado para o exercício da profissão”, salienta a arquiteta. Priscila aponta para os problemas como a decoração, as cores, o espaço, os móveis e outros componentes. “Eles podem comprometer a qualidade de vida de quem trabalha em casa, se não estiverem prudentemente organizados, de acordo com o trabalho que será efetuado”, afirma a especialista.

Brasil é o segundo país com maior número de profissionais atuando em casa
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Brasil é o segundo país com maior número de profissionais atuando em casa

Muitos estudos comprovam que os ambientes influenciam diretamente na forma como trabalhamos e, por isso, quando esses espaços não estão organizados adequadamente afetam a concentração, a produtividade e a satisfação profissional.

Segundo a arquiteta, mesmo em casa, a falta de harmonia pode causar efeitos drásticos sobre a saúde, porque ultrapassamos limites seja com tempo de atuação profissional ou  postura. “Quando excedemos nossos limites físicos e psíquicos transformamos o excesso de trabalho em estresse”, alerta Priscilla Bencke.

Entendendo a importância que os espaços físicos têm no nosso comportamento, a arquiteta compartilhou algumas sugestões sobre como melhorar a qualidade de vida trabalhando em casa:

1 – Não ter um local específico para trabalhar

Com a flexibilidade da internet e a informalidade de estarem em casa, muitas pessoas não têm um lugar fixo para trabalhar e os locais podem variar da mesa do jantar até mesmo para o sofá. “Se a intenção for trabalhar, nem que seja só por meio turno, o ideal é procurar um local específico e prepará-lo para essa atividade”, sugere a especialista. Existem diversos exemplos de Home Office que ocupam menos espaço e atendem todas as necessidades. “Invista numa bancada com cadeiras e algumas prateleiras para armazenamento. Essa é uma opção inteligente e saudável”, complementa Priscilla.

Segundo a pesquisa da Regus, 32% dos entrevistados reclamaram de dores na coluna devido a instalações inapropriadas que geram desconforto físico e influenciam diretamente na produtividade profissional.

2 – Cadeiras com design, mas pouco conforto

Existe uma variedade enorme de opções para decorar os ambientes, tornando o espaço mais personalizado e característico. Porém, se o objetivo é ter um local de trabalho ‘apropriado’ é importante focar no conforto. “Cadeiras que possuem design são uma tentação, mas o ideal para um ambiente de trabalho home office é escolher cadeiras típicas de escritório que possuem três funções básicas: regulagem de altura do assento, regulagem de altura do braço e encosto com o apoio de lombar”, indica a arquiteta Priscilla Bencke.

3 – Notebook em posição inadequada

A maioria dos profissionais que trabalha em casa utiliza notebook. Além de ser prático, é útil para trabalhos temporários. Porém, após muitas horas de trabalho podem vir a ocorrer desconfortos físicos. “Para evitar que esses problemas influenciem sua qualidade de vida acrescente um suporte para notebook com mouse e teclado externo. Dessa forma, você irá trabalhar em uma postura adequada sem queixas e com mais produtividade”, aconselha Priscilla.