5 dicas para diminuir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho
Homens recebem salários 30% maiores que as mulheres no Brasil; confira algumas dicas para mudar essa realidade
De acordo com pesquisa divulgada em 2015 pela consultoria Grand Thornton, o Brasil encontra-se em terceiro lugar no ranking de países com maior número de desigualdade entre homens e mulheres em cargos de liderança.
Pensando neste cenário, a Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC) preparou uma série de dicas para que empresas possam ajudar a diminuir as distinções entre gêneros no mercado de trabalho brasileiro.
“É um reflexo de um comportamento social enraizado que precisa ser combatido”, explica Sulivan França, presidente da SLAC. De acordo com o especialista em comportamento humano, o grande problema ainda está no fato de as empresas não saberem como ajudar a mulher no balanceamento entre a carreira e a vida pessoal.
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“A licença-maternidade é um direito conquistado, mas é preciso pensar no depois. Uma mulher sem filhos é diferente de uma mãe, principalmente uma que acabou de dar à luz. É preciso entender que, embora a carga horária dela sofra alterações, o trabalho não será diretamente afetado. Fazer um ótimo trabalho sendo mãe é uma realidade”, acredita França.
Com esta realidade em mente, a SLAC preparou algumas dicas para que as empresas possam ajudar a diminuir o quadro de desigualdade do mercado:
1- Mantenha a confiança em sua funcionária.
Não é difícil encontrar casos de funcionários homens e mulheres que trabalham de maneira igual, mas apenas o sexo masculino receba a confiança de grandes decisões. Para que isso não aconteça, mantenha a confiança em sua colaboradora e a deixe saber que ela é tão importante quanto qualquer outro na empresa. Além de incentivá-la, deixará claro que ela tem a chance de assumir um cargo de chefia, o que pode dar um novo grau de excelência ao trabalho.
2- Respeite suas características próprias.
Que homens e mulheres são diferentes, todo mundo sabe. Portanto é plausível que ambos tenham facilidades e limitações também diferentes. É mais difícil para uma mulher sair da empresa altas horas depois do expediente do que para um homem, visto que sua segurança física pode ser comprometida. Mulheres também têm um lado emocional mais aflorado, portanto não faça julgamentos frente a uma crise de raiva ou de choro, é apenas uma forma de expressão.
3- Dê total apoio para o pós-licença maternidade.
O período da licença maternidade costuma ser muito delicado, porque quando uma mulher precisa se afastar pelos primeiros meses para cuidar de seu bebê, seu cargo costuma ser temporariamente ocupado por um homem. Garanta que seu posto não estará ameaçado e dê total suporte para seu retorno, com horários flexíveis e possibilidades de tempo para se dedicar à família sem culpa. Algumas horas a menos na semana não afetarão seu desempenho.
4- Não a faça escolher entre trabalho e família.
Entre uma reunião no trabalho e a reunião escolar do filho, não se importe se a segunda opção for a escolhida. Participar da educação dos pequenos deve ser uma prioridade entre os pais, enquanto ser informada sobre a reunião de trabalho pode ser o suficiente para que ela consiga liderar uma equipe. A empresa que dá este tipo de suporte também angaria uma boa imagem.
5- Licença paternidade estendida.
É importante entender que a mulher não pode estar sozinha nesta jornada dupla. Portanto, se existe uma funcionária grávida, um funcionário que está prestes a se tornar pai também deve receber atenções. A divisão de tarefas e obrigações entre mães e pais é essencial. Para isso, é interessante que ambos estejam juntos e contando com total apoio das respectivas empresas.