Por inclusão, grupo compartilha vagas de emprego para lésbicas

Segundo estudo britânico, a probabilidade de uma oferta de entrevista para lésbicas é 42,7% menor que para mulheres heterossexuais

29/08/2017 13:31 / Atualizado em 01/09/2017 15:44

Dia da #VisibilidadeLésbica

Em um país em que uma a cada cinco empresas admite não contratar candidatos homossexuais, a realidade da população lésbica é marcada pela marginalização e omissão de direitos.

Diante do desafio de promover acesso às mulheres LGBT ao mercado de trabalho, a especialista Valdeniza Peixoto, professora do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista ao Correio Braziliense, elucidou a questão: “As mulheres vivem essa condição de subjugação, tendo dificuldades em todas as frentes do mercado de trabalho, há centenas de anos, devido ao fato de termos uma sociedade fundada em modelos e morais altamente patriarcais. Então a adversidade é geral, algumas, porém, enfrentam resistências a mais por conta do espaço que habitam”.

E se nos dias de hoje a tecnologia se tornou importante aliada no combate à intolerância, e exclusão, um grupo de ativistas recorreu ao alcance das redes sociais para minar os alicerces da lesbofobia. Juntas criaram o grupo “Indique uma Sapa”, que compartilha oportunidades de emprego e outros serviços numa rede de empoderamento e inclusão profissional.

Segundo estudo divulgado pela Universidade Anglia Ruskin, do Reino Unido, a probabilidade de uma oferta de entrevista para lésbicas é 42,7% menor em comparação com mulheres heterossexuais
Segundo estudo divulgado pela Universidade Anglia Ruskin, do Reino Unido, a probabilidade de uma oferta de entrevista para lésbicas é 42,7% menor em comparação com mulheres heterossexuais - Getty Images

Com 2.665 membros, o fórum foi criado em abril deste ano e conta com o apoio de coletivos e movimentos ligados aos direitos das mulheres lésbicas – a exemplo do coletivo feminista Sapa Roxa.

Recentemente, a publicitária e uma das organizadoras do grupo Ana Claudino, em entrevista ao jornal Brasil de Fato, comentou sobre a iniciativa: “Percebemos que muitas dessas mulheres sofrem perseguição no ambiente de trabalho devido a sua orientação sexual. A situação piora no caso das lésbicas negras, que sofrem duplo preconceito. Então, o diálogo, a aproximação e a troca de informação funcionam como rede de afeto e suporte psicológico”.

Para saber mais sobre as atividades do grupo e tirar dúvidas, entre em contato pelo email : [email protected]

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