Jornalista que virou balconista faz reflexão sobre preconceito e viraliza na web

Você pode ser defensor dos direitos humanos e da igualdade dos gêneros, ser contra a discriminação a gays, nordestinos e evangélicos mas, ainda assim, é capaz de, ao longo do caminho, descobrir muitos preconceitos escondidos aí dentro.

Foi assim que aconteceu com a jornalista Beatriz Franco – fluente em três idiomas e com currículo em comunicação, como ela explica –, quando percebeu que a grana estava curta, as oportunidades na área em que atua escassas, e se dispôs a aceitar um novo e nunca desbravado desafio: trabalhar como balconista num ateliê de doces.

“Mas balconista, eu?”, pensou ela. E aí, com esse pensamento, caiu a ficha que, sim, ela era uma pessoa preconceituosa. Afinal, ser balconista é um trabalho menor e menos digno?

Para discutir essas questões, a jornalista fez textão no Facebook  junto com uma foto em que aparece de toquinha e uniforme, refletindo sobre como o novo emprego fez mudar sua percepção sobre várias coisas, inclusive a “inferioridade” com que via os outros atendentes e balconistas.

No entanto, em tão pouco tempo, ela percebeu que o trabalho que julgava ser tão inferior a ajudou a “estar mais feliz, disposta, a ter novas ideias” e “entender como uma pequena empresa funciona”.

Sem perceber, Beatriz dava uma bela lição de vida a todos nós, afinal, como ela escreveu: “A vida não é como a gente quer, é como ela se apresenta! Então, estou aqui aceitando com muito amor e gratidão o que me foi apresentado.” Não à toa, o texto viralizou e segue com mais de 220 mil curtidas e 30 mil compartilhamentos.