Pesquisa revela que mulheres recebem 74,5% do salário dos homens no Brasil

Divulgada nesta sexta-feira, 13 de novembro, Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) recolhe informações anuais sobre temas como sexo, idade, educação e trabalho

No Brasil, a desigualdade se traduz por meio de diferentes caminhos, como por exemplo, talvez o mais direto: fatores sobre a questão racial. Nesta sexta-feira, 13 de novembro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que traz, entre outros dados, uma informação taxativa em relação às consequências do machismo no país, uma vez que as mulheres ainda ganham 74,5% do salário dos homens.

As informações, divulgadas na edição desta sexta-feira, 13 de novembro, do jornal Folha de S. Paulo, dão conta do cenário marcado pelo preconceito e descaso em relação aos direitos das mulheres. Em 2014, o rendimento médio do trabalho de uma mulher brasileira equivalia ao total de R$1.480, enquanto homens R$ 1.987. Ou seja, R$ 507 a menos.

As mulheres são representadas por 51,2% no mercado de trabalho . Maternidade, empregos precários e informais justificam o resultado.

Se considerado outros aspectos de rendimento, ao incluir fatores como aposentadoria, benefícios e investimentos, as mulheres ganham 70,7% do que é pago ao público masculino. Apesar disso, o cenário apresenta diminuição da diferença nos últimos dez anos. Em 2004, as mulheres recebiam o equivalente a 62,9% do total recebido pelos homens. Confira a matéria completa no site da Folha de S. Paulo

Desigualdade no topo e na base da pirâmide

Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres representam a maioria entre aqueles que ganham de um a dois salários mínimos, com 30,6 % dessa população. Já os homens somam 21,5%. Contudo,  o quadro sofre mudanças à medida que aumenta o salário, a exemplo dos trabalhadores que recebem entre 3 a 5 salários, em que as mulheres representam 6,9%. Entre os melhores remunerados, que recebem acima de 20 salários mínimos, as mulheres equivalem à participação de 0,4% e os homens 0,9%.

Em uma análise mais ampla sobre o tema, a PNAD apurou que 73,7% da população masculina encontra-se empregada, enquanto as mulheres são representadas por 51,2% de sua população. Maternidade, empregos precários e informais justificam esse aspecto da pesquisa.

Divulgada nesta sexta-feira, 13 de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio recolhe informações anuais sobre características demográficas e socioeconômicas como sexo, idade, educação, trabalho. (Informações do jornal EL País).