Globo ‘proíbe’ jornalistas de falar sobre política no WhatsApp
Além disso, os profissionais de comunicação da empresa não poderão, sequer, revelar preferência por times de futebol
O grupo Globo adotou uma nova postura em seus “Princípios Editoriais” que proíbe profissionais de jornalismo da empresa de falar sobre política em conversas trocadas pelo aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp.
Segundo informações do colunista Daniel Castro, do portal UOL, a regra está no novo manual de conduta ética que será lançado nos próximos dias, e irá incluir regras sobre o comportamento dos jornalistas que trabalham para a Globo nas redes sociais.
Entre as medidas, fica proibido emitir opiniões políticas mesmo em conversas privadas via plataformas digitais, evitando assim que as mensagens acabem vazando, comprometendo, posteriormente, a imagem da empresa.
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Ainda, os empregados do grupo Globo não deverão curtir postagens de políticos no Facebook nem mostrar preferência por times de futebol, tampouco curtir posts comerciais no Instagram e, inclusive, fazer check-ins virtuais.
A Globo ainda não se manifestou sobre o assunto.
“Lei Chico Pinheiro”
Ainda segundo Daniel Castro, essa nova determinação do grupo Globo está sendo apelidada nos bastidores de “Lei Chico Pinheiro”, em referência ao episódio ocorrido em abril, em que vazaram áudios do apresentador do “Bom Dia Brasil” defendendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Ele precisa sair, sim, mas vai sair na hora que for a hora. Que Lula tenha calma, sabedoria, inspiração divina, para ficar quieto ali um tempo, onde está”, dizia um trecho da gravação enviada por Pinheiro em um grupo fechado no WhatsApp falando sobre a prisão do petista.
Na ocasião, o diretor-geral de Jornalismo da Globo, Ali Kamel, enviou um e-mail aos jornalistas da emissora para alertar sobre o uso de redes sociais.
O executivo adverte que os profissionais não devem expressar publicamente, dentro de sua atuação jornalística, preferências políticas e partidárias ou ideologias.
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