Demanda por creche noturna cresce e tema divide opiniões
O debate sobre as pré-escolas e creches noturnas ganha relevância na medida em que a demanda por instituições de educação infantil que funcionem no período da noite cresce: nos últimos cinco anos, as matrículas aumentaram 44,5%.
Apesar do montante de crianças matriculadas nessa modalidade ainda ser pequeno, foram 3.816 nas creches e 2.144, na pré-escola em 2015, se comparado ao volume de estudantes do Brasil, essa é uma realidade para muitas famílias cujos adultos responsáveis pelas crianças trabalham à noite, e também tema sensível: são famílias que, por conta de seus trabalhos, não têm com quem deixar as crianças no período noturno e precisam de assistência.
Na Suécia, país modelo para educação infantil, serviços públicos atendem filhos de quem trabalha em horários fora do convencional.[/img]
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“Esse é nosso ano com menos crianças matriculadas, mas já tivemos muitas. Uma pedagoga supervisiona tudo, mas são estagiárias que ficam com elas. Não tem atividades pedagógicas depois das 18h, é só cuidado”, disse Morgana Cristina Becker, diretora de ensino da secretaria de educação do município.
Ali, as contas dessa atividade são pagas com recursos próprios do município e as empresas apoiam em algumas frentes: aos sábados, por exemplo, elas pedem para que o espaço seja aberto, financiam refeições e pagam monitores para cuidar dos filhos dos funcionários que ficam por lá. Elas também mobiliaram creches que foram construídas para ajudar os municípios.
A rede municipal de Pomerode, também em Santa Catarina, começou a oferecer atendimento em centros de educação infantil no noturno há 15 anos. Em geral, segundo a secretária municipal de educação, Joana Wachholz, essa oferta é feita em escolas mais próximas a grandes empresas, que têm variados turnos de trabalho para os funcionários.
Ao todo, dos sete centros de educação infantil do município, três têm horários estendidos (de 4h30 a 23h45). “A demanda vem crescendo por causa do desenvolvimento do município”, diz. Algumas crianças chegam às 4h30 e ficam até as 14h30. Outras entram às 7h e só saem às 17h30. Outro grupo chega às 14h30 e permanece na escola até as 23h30.
Em 2013, cerca de 180 eram atendidas em horário estendido. A rede municipal atende 1.131 crianças em creches e pré-escolas no total. Mas a demanda é bem maior. De acordo com a secretária, há uma lista de espera oficial de, aproximadamente, 140 crianças e uma “extraoficial” de 200, que nem deixam o nome na lista.
Com informações de IG.