Estudante é suspensa após levar filha à universidade
Sem ter com quem deixar a filha pequena, uma estudante de Direito sofreu constrangimento e recebeu uma suspensão após levar a criança a faculdade Uninove, no Campus Santo Amaro, na última quinta-feira (22), em São Paulo.
Alline Gomes é mãe de Valentina, de dois anos e quatro meses, e todos os dias sai de casa, na Estrada de Itapecerica, zona Sul da capital, para levar a menina ao Brooklin, bairro onde fica a creche em que a pequena é cuidada em período integral. Depois, segue para a Uninove Santo Amaro, sempre usando o transporte público.
Nesta semana, por causa de falta d´água, a jovem só conseguiu deixar a filha na creche na segunda-feira (19). Nos outros dias, a creche não teve condições de atender às crianças e Alline se virou como pôde organizando a agenda e pedindo ajuda aos conhecidos.
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Na manhã de quinta-feira, data marcada para entregar um trabalho na faculdade, ela não teve outra escolha levou a filha para a aula. Mas, ao chegar à Uninove, Alline alega que foi perseguida por seguranças, impedida por uma professora de entrar na sala de aula e ainda acabou levando uma suspensão.
“Uma monitora da faculdade se aproximou de mim, perguntou o meu nome e disse que a faculdade não estava preparada para receber crianças. Mesmo assim, eu tentei ir para a sala de aula. A professora para quem eu ia entregar o meu trabalho já tinha saído da aula e outra havia entrado. Eu bati na porta e a professora, de direito penal, disse: ‘Você não pode entrar na sala com sua filha e, como estudante de Direito, você deveria saber disso’. Aí ela fechou a porta e não me deixou entrar”, contou Alina à Revista Crescer. (Confira aqui depoimento que Alline concedeu à Revista )
Questionada sobre o caso, a Uninove esclareceu que possui um regimento interno que regulamenta a entrada e permanência de terceiros em seus domínios. “Por adentrar no prédio acompanhada de criança, os colaboradores que organizam a entrada e saída dos alunos gentilmente solicitaram à aluna que seguisse os procedimentos de identificação da menor e aguardasse a autorização para entrada. Foi pelo fato da aluna ter se recusado a seguir as normas do regimento interno, deixando de atender à solicitação dos colaboradores da instituição, que a coordenação do curso aplicou o regime disciplinar”, declarou a universidade através de sua assessoria de imprensa.